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Benjamin Netanyahu durante pronunciamento no Congresso norte-americano | Jonathan Ernst/Reuters
Benjamin Netanyahu durante pronunciamento no Congresso norte-americano| Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (3) no Congresso dos EUA que o acordo entre as potências sobre o programa nuclear do Irã abre caminho para que o país obtenha a bomba atômica. Em discurso, ele disse não esperar que a República Islâmica mude de regime em dez anos, uma das esperanças dos defensores do acordo, e que isso abrirá caminho para uma corrida armamentista nuclear no Oriente Médio.

“Não acho que esse regime mudará em dez anos. Ele conseguiu manter sua agressividade por 36 anos. Se consideramos o que pensam os países vizinhos, ele se tornará mais radical, mais agressivo e estará no caminho para a bomba”, disse. “Com este acordo, nós estaremos criando uma corrida armamentista nuclear na região mais perigosa do mundo. Se alguém pensa que este acordo pode tirá-los da rota, pense bem: nós nos colocaremos em uma possível contagem regressiva para um pesadelo nuclear”.

Próximo ao consulado de Israel, manifestantes protestavam contra NetanyahuShannon Stapleton/Reuters

O acordo é defendido pelo presidente americano, Barack Obama, e duramente criticado por Netanyahu, que acusa a República Islâmica de querer destruir o Estado de Israel com uma bomba atômica. A convocação do primeiro-ministro de Israel provocou uma saia justa entre os dois chefes de governo, além de uma nova briga entre Obama e o Congresso americano, que passou a ser dominado pelos republicanos depois das eleições de novembro.

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Embora tenha criticado o acordo, Netanyahu agradeceu Obama por seu apoio durante a guerra contra o grupo radical palestino Hamas, no ano passado, e em resoluções contra Israel na ONU.

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Terrorismo

Em seu discurso, Netanyahu disse ainda que é preciso impedir o avanço nuclear do Irã com o mesmo afinco que os combates contra o Estado Islâmico para que seja vencida a guerra contra o terrorismo. Na visão do israelense, o país persa, de maioria xiita, e a milícia radical sunita desejam a mesma coisa: dominar o Oriente Médio com seu ideário religioso. Nesse sentido, criticou a visão de que o Irã possa ser uma aliado no combate ao terror.

“Na briga entre o Irã e o EI, o inimigo de seu inimigo é seu inimigo. Para poder lutar contra o extremismo, precisamos acabar com os radicais islâmicos e as armas nucleares. Se um dos dois acontecem, não conseguiremos derrotar o terrorismo”, afirmou.

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