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| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo/Arquivo

Pesquisadores das universidades norte-americanas de Stanford e Yale descobriram que o remédio Xeljanz, comumente utilizado para tratar artrite reumatoide, que afeta as articulações, é eficaz no combate à alopécia areata. A doença autoimune, que combate células e tecidos do próprio organismo, provoca a queda de cabelo, podendo atingir apenas alguns pontos ou toda a cabeça. As informações são da CNN.

Para o estudo, 66 homens portadores de alopécia areata foram medicados com pílulas de Xeljanz, sendo que mais da metade deles afirmou que o cabelo voltou a crescer após o tratamento. Um terço destes recuperou aproximadamente 50% dos fios perdidos. Em uma pesquisa separada, o cabelo de nove de 12 pacientes voltou a crescer após a ingestão de Jakafi, um medicamento com composição similar, mas utilizado em tratamentos de câncer.

O agente imobiliário Mike Thomas, que começou a perder cabelo quando estava na casa dos 40 anos, participou da pesquisa e ficou muito feliz com o resultado. “Comecei a ter vergonha das pessoas, pois [ficar careca] afeta muito a sua vida. Fiquei deprimido; era horrível”, contou ao canal de televisão.

Embora a descoberta seja uma ótima notícia para portadores de alopécia areata, a história é outra quando o assunto é a alopécia androgênica, a calvície “comum”, ligada a fatores genéticos.

Segundo o dermatologista Brett King, professor assistente na Universidade de Yale, uma doença autoimune, como a alopécia areata, é mais fácil de tratar porque “você, essencialmente, está tentando enganar o organismo ao redor do cabelo”.

“É como fazer uma planta que vive dentro de casa pensar que estamos na primavera e não no verão. É só iluminar e aquecer o ambiente”, exemplifica. “Quando se trata da calvície comum, os médicos precisam lidar com um folículo capilar que ‘já era’”.

King também afirma que o número de pesquisas sendo feitas nesse campo é muito menor do que se imagina. “As pessoas devem pensar que as grandes empresas farmacêuticas investem bilhões de dólares em pesquisas de combate à calvície, pois o retorno financeiro seria imenso. Mas esse não é o caso”.

De acordo com o médico, a Food and Drug Administration (FDA), órgão dos EUA que controla alimentos, medicamentos e cosméticos, apenas aprovaria um tratamento realmente eficaz para a calvície masculina se ele não apresentasse nenhum efeito colateral, uma vez que se trata de um problema cosmético, e não de saúde. A exigência, porém, seria quase impossível de se atender.

Colaborou: Mariana Balan.

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