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Políticos alemães e o ex-membro da junta de diretores do Banco Central Europeu (BCE), Juergen Stark, criticaram neste domingo (05) a instituição europeia e pressionaram por maior controle da Alemanha nos assuntos do banco, após o presidente do BCE, Mario Draghi, ter sinalizado na quinta-feira passada que o BCE poderá retomar a compra de bônus dos governos em dificuldades.

"A nova situação, na qual a Alemanha provê uma parcela crescente do resgate do euro mas tem apenas um voto, como qualquer outro país, não se sustenta mais", disse Herbert Reul, político alemão da União Democrata Cristã (CDU, na sigla em alemão), e líder do partido governista da Alemanha no Parlamento Europeu. O Banco Central da Alemanha, o Deutsche Bundesbank, tem se oposto de maneira firme às compras de bônus dos governos europeus pelo BCE ao argumentar que tal estratégia desencoraja os governos a implementar as reformas necessárias.

Após renunciar a seu cargo na junta de dirigentes do BCE no ano passado, em oposição ao programa da compra de bônus, Juergen Stark alertou que posteriores compras de bônus pelo BCE significariam o mesmo que "imprimir dinheiro" e se arriscavam a acelerar a inflação.

Embora a Alemanha detenha 27,1% do capital do BCE, o executivo Joerg Asmussen é o único alemão no Conselho de 23 membros do banco, além do presidente do Bundesbank, Jens Wiedmann. A Alemanha tem apenas um voto, como os outros países.

Stark sugeriu, em entrevista à revista Focus, que o Conselho do BCE, hoje com 23 membros, seja reformado e passe a ter 9 integrantes, com a Alemanha e as maiores economias tendo status de membros permanentes. Mas isso exigirá mudanças no Tratado de Maastricht e no estatuto do BCE. As informações são da Dow Jones.

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