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Analistas designados pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) chegaram neste domingo ao México para iniciar sua visita de análise do caso dos 43 jovens desaparecidos no sul do país e amanhã viajarão à escola de Ayotzinapa para se reunir com os familiares dos estudantes.

Fontes dos advogados das famílias confirmaram à Agência Efe que a equipe interdisciplinar de cinco analistas chegou hoje à capital mexicana para realizar a primeira visita ao país sobre este caso.

Amanhã viajarão para o estado de Guerrero, mais para a cidade de Tixtla, onde fica a Escola Normal de Ayotzinapa e onde se reunirão com os advogados e os familiares dos 43 jovens.

No último disa 12 de fevereiro e após dois dias de reunião na sede da CIDH de Washington, os analistas anunciaram que esta primeira visita durará três semanas e nela também visitarão a cidade de Iguala, onde os estudantes desapareceram em 26 de setembro.

“Nos reuniremos com as vítimas, com os peticionários e com as autoridades do Estado, assim como com outros analistas envolvidos e com aqueles que possam ter informação relevante para a investigação”, disse então a advogada guatemalteca Claudia Paz e Paz, membro do grupo de analistas.

O mandato dos analistas tem uma duração inicial de seis meses prorrogáveis e neste tempo viajarão ao México “quantas vezes for necessário”, explicou.

O plano inicial dos cinco analistas é passar pelo menos três semanas de cada mês no México até agosto, a fim de avaliar a fundo as investigações sobre o desaparecimento dos estudantes.

Passados três meses, “no final de maio ou começo de junho”, o grupo apresentará um “relatório preliminar” sobre suas conclusões e em agosto fará entrega de seu relatório final, explicou outro dos integrantes do grupo, o colombiano Alejandro Valencia Villa.

Em janeiro, o então procurador-geral mexicano, Jesús Murillo, anunciou que havia sido comprovado cientificamente que os 43 estudantes foram assassinados e queimados em um lixeiro por membros do cartel Guerreros Unidos que acreditavam que pertenciam ao grupo antagônico Los Rojos.

No entanto, os familiares dos desaparecidos não acreditam nesta versão e são também várias as organizações que a puseram em dúvida, inclusive a equipe argentina de Antropologia Legista (EAAF) que está supervisionando as investigações.

O grupo de analistas designados pela CIDH é completada pelo advogado espanhol Carlos Beristain, a advogada colombiana Ángela Buitrago e o chileno Francisco Cox e foi formada como resultado de um acordo assinado pelo organismo internacional com o Estado mexicano e os representantes de familiares dos estudantes desaparecidos.

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