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A polícia da África do Sul prendeu 307 pessoas por envolvimento na onda de ataques contra estrangeiros que atingiu o país nas últimas semanas, que já deixou sete mortos, informou neste domingo (19) a imprensa local.

Entre as vítimas da violência xenófoba se encontram três sul-africanos e quatro estrangeiros, afirmou o ministro de Segurança, David Mahlobo, segundo o portal de notícias Eyewitness News.

Mahlobo disse que não foram registradas novas mortes nos últimos três dias.

O ministro do Interior, Malusi Gigaba, informou que os ataques contra africanos estrangeiros residentes na África do Sul foram contidos. Segundo o dirigente, a polícia manterá a calma no país com uma grande operação nas zonas de conflito.

As Forças de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF, na sigla em inglês) enviaram 350 soldados para a fronteira do país, afirmou Gigaba.

O ministro visitou neste sábado (18), ao lado do presidente sul-africano, Jacob Zuma, um acampamento de deslocados em Chatsworth, nas redondezas de Durban, na província de KwaZulu-Natal.

O campo recebeu residentes na África do Sul procedentes de Malawi, Somália, Zimbabue e Burundi que se viram obrigados a fugir de suas casas.

“Estamos tentando nos adiantar a qualquer outro surto de violência que possa ocorrer, seja em Gauteng (região que abrange Johannesburgo e Pretoria) ou em outras províncias”, disse.

História

Nesse ambiente, os estrangeiros do continente que trabalham na África do Sul estão em alerta máximo, enquanto cresce a pressão diplomática para evitar o banho de sangue de 2008, quando foram registradas 62 mortes em distúrbios similares.

Desde os tumultos de 2008 esse tipo de violência é recorrente na África do Sul, gigante econômico do continente que recebe dois milhões de imigrantes africanos, segundo os dados oficiais —além de muitos imigrantes indocumentados.

Isso reflete as frustrações da maioria negra do país, que ainda sofre economicamente, e do reaparecimento de uma cultura violenta agravada sob o apartheid.

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