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Presidente Barack Obama está entre os líderes que tiveram dados vazados | Jonathan Ernst/Reuters
Presidente Barack Obama está entre os líderes que tiveram dados vazados| Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O Departamento de Imigração da Austrália revelou acidentalmente informações pessoais de 20 líderes internacionais, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, segundo informação do jornal inglês The Guardian desta segunda-feira (30). Os governantes estiveram presentes na última reunião do G20, em novembro do ano passado em Brisbane, e não foram informados sobre o vazamento dos dados.

Além de Obama e Cameron, entre os tiveram informações pessoais divulgadas estão o presidente russo, Vladimir Putin; a chanceler federal alemã, Angela Merkel, o presidente da China, Xi Jinping, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente da Indonésia, Joko Widodo.

O vazamento teria sido “imediatamente informado ao escritório de um agente de Informação Australiana”, mas não aos países dos governantes atingidos. O Guardian informou ainda que, no e-mail enviado ao agente, o diretor da divisão de serviços de visto do Departamento de Imigração e Proteção de Fronteiras da Austrália pediu aconselhamento quanto à situação.

No e-mail, obtido pelo jornal através da lei de liberdade da informação australiana, o vazamento é atribuído a um funcionário que enviou por engano dados como nome, data de nascimento, cargo, nacionalidade, número do passaporte, visto e subclasse do visto. O destinatário das informações foi a organização local do campeonato de futebol da Copa da Ásia, que aconteceu na Austrália em janeiro deste ano.

“Houve falha no momento de checar se a função de preenchimento automático no Microsoft Outlook havia preenchido corretamente o campo ‘Para’. Isso fez com que o e-mail fosse enviado ao destinatário errado”, afirmou o funcionário.

O problema foi comunicado à chefia pelo autor do e-mail. O comitê local da Copa da Ásia respondeu à mensagem, afirmando ter sido um engano. A organização do evento apagou o correio eletrônico e não repassou as informações. Dessa forma, o comitê afirma não ser possível recuperá-las.

O funcionário da imigração recomendou, então, que os líderes mundiais não fossem informados do vazamento. Tal recomendação pode estar em desacordo com as leis de privacidade de alguns países envolvidos, que exigem a notificação aos indivíduos afetados. O escritório do ministro da Imigração australiana não respondeu ao jornal inglês.

Segundo o Guardian, a deputada de oposição Tanya Plibersek exigiu explicações do primeiro-ministro Tony Abbott sobre a falta de notificação aos líderes mundiais. “O primeiro-ministro e o ministro da imigração precisam explicar esse sério incidente e a decisão de não informar os afetados”, declarou Tanya. De acordo com a CNN, um porta-voz do Departamento de Imigração afirmou que a divisão “revisou e fortaleceu os protocolos de e-mail para limitar e conter futuras violações”.

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