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Turistas e moradores de Paris prestaram homenagens às vítimas do ataque na Champs-Elysées | Philippe Lopez/AFP
Turistas e moradores de Paris prestaram homenagens às vítimas do ataque na Champs-Elysées| Foto: Philippe Lopez/AFP

O autor do ataque na Champs-Elysées, em Paris, foi detido em fevereiro por ameaça a policiais, mas logo foi libertado. Identificado como Karim C. pela imprensa francesa e por seu nome de guerra Abu Yusuf al-Beljiki pela agência ligada ao Estado Islâmico (EI), o terrorista também havia sido detido uma vez num confronto a tiros com policiais há 16 anos. As informações foram dadas por funcionários franceses à agência internacional de notícias AP.

Karim Cheurfi era um reincidente em ataques a policiais

Trump diz que atentado em Paris terá “grande efeito na eleição presidencial”

Conhecido das autoridades por sua radicalização, o homem de 39 anos foi morto pelas forças de segurança na quinta-feira (20) depois de matar um policial e ferir outros dois na avenida que é um dos maiores símbolos da capital francesa, semeando medo na véspera das eleições presidenciais no país.

Uma operação estava em curso na madrugada desta sexta-feira (21) no subúrbio de Seine-et-Marne, onde morava o atirador de nacionalidade francesa. A operação em andamento visa estabelecer “se há ou não cúmplices”, revelou o promotor. Um suspeito que estava sendo buscado pelas autoridades se entregou à polícia belga.

Segundo as primeiras investigações, o atirador era o proprietário do carro utilizado no ataque. O atentado foi reivindicado em um comunicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

Estado de emergência

A França vive sob um estado de emergência desde 2015 e sofreu uma série de ataques de militantes islâmicos que mataram mais de 230 pessoas nos últimos dois anos. O porta-voz do Ministério do Interior disse que era muito cedo para dizer qual o motivo do ataque, mas que estava claro que os policiais foram deliberadamente atacados. As autoridades policiais pediram ao público para evitar a área.

O incidente aconteceu enquanto os eleitores franceses se preparam para ir às urnas no domingo (23), na eleição presidencial mais acirrada dos últimos tempos. “Estaremos com vigilância extrema, especialmente em relação à eleição”, disse o presidente Hollande, que não concorre à reeleição.

No início desta semana, foram presos em Marselha dois homens que, segundo a polícia, planejavam um ataque antes da eleição. Uma metralhadora, duas pistolas e três quilos de explosivos TATP estavam entre os armamentos encontrados em um apartamento na cidade do sul do país, juntamente com materiais de propaganda jihadista, de acordo com a promotoria de Paris.

Karim Cheurfi era um reincidente em ataques a policiais

AFP

Karim Cheurfi era obcecado com a ideia de atacar policiais. De acordo com as autoridades, ele foi condenado em fevereiro de 2005 a 15 anos de prisão por três tentativas de homicídio, incluindo contra dois policiais. Os crimes ocorreram após uma perseguição em 2001.

O homem circulava armado em um automóvel roubado quando bateu em outro veículo, no qual estava um cadete da polícia. O homem fugiu caminhando e foi alcançado pelo motorista do veículo e seu irmão, o cadete, que acabaram feridos com disparos no tórax. Dois dias depois, quando estava detido, feriu gravemente um policial após tomar sua arma na porta da cela.

Libertado da prisão em julho de 2013, voltou a ser condenado em 2014 por roubo agravado a quatro anos de prisão, mas foi finalmente colocado em liberdade em 2015, em liberdade condicional.

Ele também foi preso em 23 de fevereiro deste ano, depois de declarar em dezembro a um colega querer “matar policiais em retaliação ao que estava acontecendo na Síria”, ter feito contatos para comprar armas e por comprar facas, uma câmera e máscaras online.

Após sua detenção, foi libertado por falta de provas, de acordo com uma fonte próxima à investigação. Desde março, porém, era alvo de uma investigação por terrorismo, de acordo com essas fontes.

Trump diz que atentado em Paris terá “grande efeito na eleição presidencial”

AFP

O presidente americano Donald Trump advertiu nesta sexta-feira (21) que o ataque em Paris reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) “terá um grande efeito” na eleição presidencial da França.

“Outro ataque terrorista em Paris. O povo da França não vai aceitar muito mais disto. Terá um grande efeito sobre a eleição presidencial!”, escreveu Trump no Twitter poucas horas depois de um atirador matar um policial na avenida Champs Elysées.

O primeiro turno da eleição presidencial francesa acontecerá no domingo (23). Três dos quatro candidatos que aparecem nas primeiras posições nas pesquisa suspenderam suas campanhas nesta sexta-feira.

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