• Carregando...
Palestinos na casa incendiada por extremistas judeus: bebê morreu e três estão em estado grave | Ammar Awad / Reuters
Palestinos na casa incendiada por extremistas judeus: bebê morreu e três estão em estado grave| Foto: Ammar Awad / Reuters

Um incêndio em uma casa palestina na Cisjordânia matou ontem um bebê de 18 meses e deixou gravemente feridos três membros de sua família, causando revolta nos territórios ocupados por Israel. A suspeita recai sobre extremistas judeus, que teriam quebrado as janelas da casa em Duma, uma aldeia perto da cidade de Nablus, e jogado bombas incendiárias pouco antes do amanhecer, quando a família dormia. Nas paredes do lado de fora da casa havia pichações em hebraico com a palavra “vingança”.

“Esses ataques ocorrem devido à impunidade que Israel garante aos colonos. Eles são responsáveis.”

Xavier Abu Eid, porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP)

O crime gerou protestos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e foi classificado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, como um ato de terrorismo. Ele telefonou para o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, para condenar o ataque e pedir colaboração na luta contra o terrorismo.

O governo de Israel se responsabilizou pelos três feridos no ataque: o pai do bebê, Said Dawabsha, de 32 anos; sua esposa, Rihan, de 27; e Ahmad, de 4 anos, que foram transferidos por helicópteros militares a dois hospitais nas cidades israelenses de Tel Aviv e Bersheva, em um gesto pouco habitual nestes casos.

A Palestina levará o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI). “Este caso será levado ao tribunal. A equipe jurídica palestina se reuniu com urgência nesta manhã para ver que medidas tomar em tribunais internacionais”, disse um funcionário da administração palestina que pediu anonimato.

Habbas diz que israelenses cometem crimes todos os dias

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, denunciou ontem que todos os dias há crimes israelenses contra seu povo e garantiu que os casos serão levados perante a justiça internacional. “Todos os dias despertamos com notícias sobre um novo crime israelense”, afirmou.

Leia a matéria completa

Xavier Abu Eid, porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou que “os palestinos precisam de justiça”. “Esses ataques ocorrem devido à impunidade que Israel garante aos colonos. Eles são responsáveis pelo que ocorre. Se esses colonos estão aí, é por uma decisão política de Israel. Estão protegidos por Israel”, acusou. Israel decretou sigilo sobre a investigação do caso. Por enquanto, ninguém foi preso.

Morte em protesto

O palestino Mohammed al-Masri, de 17 anos, foi morto ontem a tiros por policiais israelenses na divisa norte entre Israel e a Faixa de Gaza. O jovem participava de um protesto contra o incêndio que matou o bebê. Segundo os policiais, ele desrespeitou um aviso de parada e um tiro para o alto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]