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Um grupo de cientistas afirma que golfinhos do Oeste australiano poderiam estar usando baiacus para ficar drogados, informou o portal de notícias WAtoday , da Austrália.

De acordo com a pesquisadora Krista Nicholson, que atua na Universidade Murdoch e monitora os golfinhos do estuário de Peel-Harvey, há vários registros dos mamíferos interagindo com os peixes. Nicholson afirmou que vários cientistas já observaram golfinhos mastigando baiacus para, posteriormente, carregar a carcaça por horas.

Os “poderes” alucinógenos dos baiacus viriam da tetrodotoxina, armazenada na pele, carne e órgãos internos do peixe. Segundo artigo publicado na revista Unesp Ciência, da Universidade Estadual Paulista, a toxina seria sintetizada pelas bactérias contidas nos alimentos ingeridos pelos peixes da espécie, acumulada e utilizada como arma de defesa.

O artigo ainda aponta que a intoxicação por baiacus possui alta taxa de mortalidade, especialmente no Sudeste Asiático, onde o peixe é considerado uma iguaria.

Lançado em 2014, o documentário “Dolphins - Spy in the Pod”, da rede de televisão britânica BBC, mostrou imagens de um golfinho mastigando e passando um baiacu para outros colegas. Na produção, afirma-se que o consumo de pequenas doses de tetrodotoxina pelos golfinhos não é mortal e tem como resultado um efeito alucinógeno.

A questão, porém, não está pacificada no meio científico. Ao WAtoday, Nicholson contou que alguns especialistas acreditam que a toxina só causaria uma sensação de adormecimento nos golfinhos, e que brincadeiras similares às praticadas com os baiacus já foram observadas com caranguejos e algas marinhas. O ato de mastigar os peixes, portanto, poderia ser somente uma atividade de recreação.

Colaborou: Mariana Balan.

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