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| Foto: TAS/KV/STRINGER/IRAQ

A coalizão internacional intensificou nesta sexta-feira (27) suas ações contra o grupo extremista Estado Islâmico em Fallujah, reduto do grupo no Iraque, e na província de Raqa, no Norte da Síria.

A organização extremista está na defensiva no Iraque, onde as forças do governo, apoiadas por milícias locais e pela aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, lançaram uma operação para recuperar Fallujah, que se tornou um reduto do EI em 2014.

Ali, 70 combatentes do EI - inclusive Maher Al-Bilawi, líder da organização radical na cidade iraquiana localizada 50 km a Oeste de Bagdá - morreram em ataques aéreos e de artilharia da coalizão, informou hoje o coronel americano Steve Warren, porta-voz militar da coalizão.

“Conseguimos matar mais de 70 combatentes inimigos, incluindo Maher Al-Bilawi, o comandante das forças do ISIL (EI) em Fallujah”, disse Warren. “Isto, certamente, não deterá totalmente o inimigo, mas foi um duro golpe, cria confusão e obriga o vice-comandante a subir, mudando a liderança”.

O coronel Warren disse que nos últimos quatro dias 20 ataques na cidade sitiada destruíram posições de combatentes do EI e plataformas para o disparo de armas.

As forças governamentais mantêm sua ofensiva e atingiram, a partir de três eixos, três pontos que levam a Fallujah, segundo o chefe das operações Abdelwahab Al Saadi. Segundo ele, os soldados enfrentam “uma resistência do EI nos subúrbios e ocorreram confrontos”, disse.

Entre 500 e mil combatentes do EI estão em Fallujah e cerca de 50 mil civis estão presos dentro da cidade, vivendo em condições dramáticas, segundo a ONU. Os extremistas tentam matar aqueles que se arriscam a fugir.

Centenas de pessoas fugiram nesta sexta de Fallujah, em meio aos combates, e a situação dos civis preocupa a comunidade internacional.

O Conselho de Segurança da ONU discutirá nesta sexta a catástrofe humanitária na Síria, onde mais de 280 mil pessoas morreram e milhões precisaram deixar suas casas desde 2011.

Em apoio à ofensiva lançada na terça-feira (24) no Norte da província de Raqa pelas Forças Democráticas Síria (FDS), as aeronaves da coalizão, principalmente americanas, intensificaram seus ataques a posições extremistas.

“Houve uma intensificação dos ataques”, indicou o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, falando de 150 bombardeios no total.

Os ataques tiveram como alvo as posições do EI ao redor de Tal Abyad e Ain Issa, as únicas duas cidades da província de Raqa fora do controle dos jihadistas e que são controladas pelas forças curdas.

No terreno, bombardeios e combates deixaram até o momento 31 combatentes do EI mortos, afirmou Rahman. O número de baixas do lado da coalizão é desconhecido até o momento.

US$ 400 para sair de Raqa

Em Raqa, considerada a capital de fato do EI na Síria, onde vivem cerca de 300 mil pessoas, o grupo utiliza os civis como “escudos humanos”.

“O EI não emite licenças para deixar a cidade, nem mesmo para os doentes ou que precisam ser tratados em outros lugares”, disse Abdel Rahman. Algumas famílias, no entanto, conseguiram escapar e chegar à província de Idleb, mais a Oeste.

Segundo Abu Mohammed, um dos fundadores do grupo militante “Raqa is Being Slaughtered Silently”, as pessoas pagam 400 dólares cada a traficantes para tentar sair da cidade.

“Não há ninguém que se aventure nas ruas”, disse outro ativista, Hamud al-Mussa. “As pessoas têm medo de um ataque da aviação, seja da coalizão, da Rússia ou do regime sírio”, todos envolvidos no conflito.

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