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| Foto: Divulgação/Sea World

A competição entre orcas mães e filhas na reprodução pode explicar porque estes animais são uma das três únicas espécies de mamíferos, junto com os humanos e outras baleias, que têm menopausa, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (11).

Quando chegam à menopausa, as orcas desempenham um papel essencial em ajudar as jovens famílias a buscar comida e a sobreviver em tempos de vacas magras.

Segundo os pesquisadores, cujo trabalho foi publicado na revista científica americana Current Biology, a razão pela qual as orcas deixam de se reproduzir se explica pela competição entre mães e filhas na procriação.

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Os cientistas explicam que, quando as orcas mais velhas se reproduzem, sua prole com frequência não sobrevive.

A taxa de mortalidade dos recém-nascidos das fêmeas mais velhas é 1,7 vez mais alta que a das fêmeas que são duas gerações mais jovens.

Nestas circunstâncias, é melhor que as fêmeas de orcas mais velhas parem de procriar para poder dedicar sua energia a ajudar os jovens membros da família a sobreviver.

“Tudo isto (...) pode explicar o papel da menopausa na evolução” das orcas, afirma Daniel Franks, da Universidade de York, no Reino Unido, um dos autores do estudo.

“As fêmeas de várias espécies têm um papel de liderança quando envelhecem, mas continuam se reproduzindo. Nossa nova pesquisa destaca um mecanismo que explica porque elas deixam de procriar”, afirma Darren Croft, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, diretor deste estudo internacional.

As orcas fêmeas começam a se reproduzir a partir dos 15 anos e param quando chegam aos 30 ou aos 40, mas elas podem viver em estado selvagem até mais de 90 anos.

Durante este período pós-menopausa, assumem o papel de “avó”, protegendo as crias e compartilhando sua experiência sobre quando e onde encontrar alimento, o que aumenta as possibilidades de sobrevivência do grupo.

Estes mamíferos marinhos se alimentam de peixes, principalmente de salmão, e as crias dependem de suas mães para se nutrir durante vários anos.

A pesquisa é resultado de 43 anos de observações realizadas por um centro de pesquisa canadense sobre as baleias, a pesca e os oceanos.

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