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O regime de Kim Jong-un já disse repetidamente que tem capacidade de atacar os EUA com uma arma nuclear | STR/
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O regime de Kim Jong-un já disse repetidamente que tem capacidade de atacar os EUA com uma arma nuclear| Foto: STR/ AFP

A Coreia do Norte, por meio de seu embaixador Kim In-ryong, advertiu que uma guerra nuclear pode começar a qualquer momento. A declaração foi feita nesta segunda-feira (16), no Comitê de Desarmamento na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). 

De acordo com o embaixador, a nação norte-coreana tornou-se uma "potência nuclear de pleno direito" e  que tem “todo o continente dos EUA dentro de seu campo de tiro ". Ele também chamou a Coreia do Norte de "um estado nuclear responsável".

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Os comentários são semelhantes a outros avisos que a Coreia do Norte vem fazendo aos Estados Unidos, à medida que as tensões aumentaram com o governo do presidente Donald Trump. O regime de Kim Jong-un já disse repetidamente que tem capacidade de atacar os EUA com uma arma nuclear.

Funcionários militares da Coreia do Sul estão se preparando para outro possível lançamento de mísseis da Coreia do Norte nesta semana para combater os exercícios dos EUA e Coreia do Sul, que incluem um porta-aviões americano e um submarino nuclear. O Partido Comunista da China também iniciará a sua reunião política mais importante em cinco anos na quarta-feira (18).

Diálogo direto 

Em visita a Tóquio, o subsecretário de Estado dos EUA, John Sullivan, afirmou nesta terça-feira (17) que a Casa Branca "não descarta" a possibilidade de dialogar de forma direta com a Coreia do Norte, apesar do contexto de tensão que envolve os dois países.  

O vice-ministro das Relações Exteriores americano defendeu assim a via diplomática para resolver a crise entre os países, após reunião com seu homólogo japonês, Shinsuke Sugiyama. Sullivan realiza atualmente uma viagem por países asiáticos com foco na questão norte-coreana.  

"Ainda que estejamos concentrados em elevar a pressão [sobre a Coreia do Norte], não descartamos a possibilidade de empreender conversas diretas", afirmou Sullivan após encontro com Sugiyama, em declarações gravadas pela emissora estatal NHK.  

"Nossa ênfase é na diplomacia para resolver este problema. Mesmo assim, devemos estar preparados para o pior junto a nossos aliados Japão e Coreia do Sul, entre outros, caso a diplomacia falhe", disse Sullivan.  

As declarações de Sullivan reafirmam a recente aposta no diálogo pelo governo Donald Trump antes da próxima viagem do presidente americano à Ásia. Ele deverá visitar Coreia do Sul, Japão e China e assegura que segue buscando uma solução diplomática antes de optar pela via militar, tal como afirmou no fim de semana o secretário de Estado, Rex Tillerson.  

No domingo, Tillerson disse à rede de TV CNN que os esforços diplomáticos para resolver a crise da Coreia do Norte "continuarão até a primeira bomba".  

A China insistiu na necessidade de negociações diretas entre Washington e Pyongyang para resolver a situação, enquanto tanto os EUA quanto seu aliado Japão vêm recusando a via diplomática —a menos que o regime liderado por Kim Jong-un renuncie ao desenvolvimento de mísseis balísticos e bombas nucleares.  

Além de mostrar disposição ao diálogo, Washington aumentou a implementação de ativos estratégicos em torno da Península Coreana para intimidar Pyongyang. As ações incluem o início de manobras navais conjuntas com Seul.  

Testes

Pyongyang realizou diversos testes de mísseis e dois testes nucleares no último ano, violando resoluções da ONU. Após a conclusão do sexto teste nuclear pela Coreia do Norte em setembro, o Conselho de Segurança da ONU ampliou as sanções já vigentes contra o país.

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