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Soldados norte-coreanos em  barco próximo à fronteira com a China: lançamento de foguete aumentou tensão na região | JOHANNES EISELE/AFP
Soldados norte-coreanos em barco próximo à fronteira com a China: lançamento de foguete aumentou tensão na região| Foto: JOHANNES EISELE/AFP

Coreia do Norte reiniciou um reator de plutônio que pode fornecer combustível para armas nucleares, informou nesta terça-feira (9) o diretor da Inteligência Nacional americana, James Clapper, ao apresentar um relatório anual com os principais perigos enfrentados pelo país.

O anúncio ocorre poucos dias depois de o governo norte-coreano lançar um foguete de longo alcance, que a comunidade internacional considera ser um teste de tecnologia de mísseis balístico disfarçado.

“Consideramos que a Coreia do Norte está operando o reator por um tempo suficiente para poder recuperar plutônio (...) em questão de semanas ou meses”, afirmou Clapper ao apresentar o documento ante o Congresso americano.

O diretor ressaltou que o regime norte-coreano tomou medidas no sentido de desenvolver um sistema de míssil balístico intercontinental.

Terrorismo

Segundo o relatório da Inteligência Nacional, os grupos extremistas islâmicos continuarão a conspirar contra interesses americanos no exterior, mas os ataques domésticos de extremistas são a ameaça mais significativa para os cidadãos.

“Ataques de extremistas nacionais na Europa e na América do Norte, tais como os de Chattanooga e San Bernardino, podem motivar outros atentados oportunistas com pouco ou nenhum aviso, diminuindo nossa capacidade de detectá-los”, disse o diretor da Inteligência Nacional americana, James Clapper.

Clapper destacou ainda que o Irã continua a ser o principal Estado patrocinador do terrorismo, enquanto grupos ligados a al-Qaida permanecem resistentes.

Ameaça norte-coreana

O presidente Barack Obama assegurou à sua colega sul-coreana Park Geun-hye e ao primeiro-ministro japonês Shinzo Abe seu apoio depois do lançamento por parte da Coreia do Norte de um foguete por parte da Coreia do Norte, informou nesta terça-feira a Casa Branca.

Em ligações telefônicas em separado, feitas na segunda-feira, Obama Obama insistiu na necessidade de uma resposta internacional “forte e coesa ante as provocações” de Pyongyang e avaliou junto a seus colegas asiáticos aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para impor novas sanções à Coreia do Norte.

Obama assegurou em particular a Park Geun-hye que os Estados Unidos tomarão “todas as medidas necessárias” para cumprir com seu compromisso inabalável de defender a Coreia do Sul e seus aliados na região.

Autoridades da defesa da Coreia do Sul advertiram neste terça-feira que o foguete norte-coreano lançado no domingo parece mais potente que o de 2012, embora afirmaram que Pyongyang ainda está longe de poder alcançar o território dos Estados Unidos.

A afirmação coincide com negociações de alto nível entre Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão para reforçar as sanções no marco da ONU contra o regime comunista norte-coreano.

O foguete, que transportava um satélite de observação terrestre, foi lançado no domingo durante a manhã e alcançou sua órbita dez minutos mais tarde, segundo a televisão oficial norte-coreana.

O disparo, que viola várias resoluções das Nações Unidas, supõe um novo desafio para a comunidade internacional, que ainda não sancionou Pyongyang após seu quarto teste nuclear, realizado em 6 de janeiro.

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