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Havia pelos menos 20 cadáveres dentro de caminhão abandonado. | Heinz-Peter Bader/Reuters
Havia pelos menos 20 cadáveres dentro de caminhão abandonado.| Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters

A polícia austríaca encontrou nesta quinta-feira (27) ao menos 20 corpos de imigrantes dentro de um caminhão estacionado no acostamento de uma estrada no país que liga a capital, Viena, à Hungria. Como os cadáveres foram encontrados em estado parcial de decomposição, o número de mortos pode chegar a 50, de acordo com a polícia. A identidade dos corpos também é difícil de ser aferida, segundo as autoridades.

O caminhão-frigorífico, de placa húngara, foi provavelmente abandonado na quarta-feira (26) com a porta da caçamba aberta, deixando os corpos parcialmente expostos, a cerca de 40 km de Viena, perto da cidade de Neusiedl-am-See. O porta-voz da polícia Helmut Marban disse que policiais chegaram ao local onde o veículo havia sido abandonado pensando se tratar de uma falha mecânica, quando viram “sangue pingando” da porta e “notaram o cheiro de cadáveres”.

O chefe da polícia da região, Hans Peter Doskozil, disse que “muitas coisas indicam” que os imigrantes podem ter morrido antes de que o caminhão entrasse em território austríaco. Para ele, os responsáveis por levar o veículo à Áustria já devem ter saído do país.

O veículo foi retirado da rodovia e colocado num galpão seguro, segundo Doskozil. Os peritos reabririam à noite o compartimento onde os corpos se encontram, já com a temperatura ambiente mais amena, para preservá-los. A retirada dos restos mortais deve durar toda a noite e, após concluída, os corpos devem ser enviados a Viena para autópsia.

As autoridades se recusaram a fornecer qualquer informação adicional sobre o número exato de corpos, a causa da morte, bem como sua data e hora ou se havia crianças entre os restos encontrados.

Apesar da placa da Hungria, os escritos nas laterais e traseira do caminhão estão em eslovaco. A empresa cujo logotipo está estampado no veículo, a Hyza, da Agrofert Holding, afirma que vendeu o caminhão em 2014 e solicitou que os adesivos fossem retirados. A Hungria diz que a placa está registrada no nome de uma pessoa física de nacionalidade romena.

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