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Um tribunal turco condenou na sexta-feira (21) 322 oficiais militares da ativa e da reserva por tramarem um golpe em 2003, encerrando um julgamento que consolidou o domínio civil sobre os militares na política do país. O tribunal de Silivri, nos arredores de Istambul, também absolveu 34 militares, segundo documentos judiciais aos quais a Reuters teve acesso. Dois generais e um almirante da reserva, considerados líderes do plano, foram condenados à prisão perpétua. Seus parentes desabaram em lágrimas ao ouvirem a sentença.

Desde a instituição da república turca, em 1924, os militares foram os guardiões das instituições laicas, tendo realizado três golpes entre 1960 e 80 e pressionado um governo islâmico a renunciar em 1997.

Mas o governo do Partido AK, de orientação islâmica, no poder há uma década, conseguiu domar a influência militar na formulação de políticas e nas nomeações ministeriais, enquanto promotores levaram supostos golpistas à Justiça. O primeiro-ministro Tayyip Erdogan não quis comentar as condenações.

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