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BUENOS AIRES — Crianças foram assassinadas enquanto estudavam em suas escolas ou dormiam em suas camas. Outras se tornaram órfãs, foram sequestradas, torturadas, recrutadas como soldados, violadas ou vendidas como escravas. Muitas vivem em condições precárias há bastante tempo. São as vítimas mais expostas das guerras que afligem o mundo.

— Nunca nos últimos anos tantas crianças foram submetidas a uma brutalidade tão indescritível — advertiu o diretor do Unicef, Anthony Lake. Apenas no ano passado, 15 milhões de meninos e meninas foram afetados diretamente pela violência de conflitos armados. — Foi um ano devastador — sentenciou Lake.

Devido à guerra que eclode na Síria, a situação de 5,6 milhões de crianças é “desesperadora”. Dois milhões vivem sitiados em áreas em que a ajuda humanitária não chega. No Iraque, a situação se deteriorou com o avanço do Estado Islâmico, que usa os pequenos em celebrações militares, para decapitar reféns e como escravos sexuais. Na Faixa de Gaza, os efeitos do enfrentamento com Israel, em 2014, ainda estão ativos: hoje, 54 mil menores palestinos seguem sem moradia.

E a lista de países continua. O Unicef destaca os efeitos trágicos de guerras esquecidas, como as que prosseguem no Afeganistão, Somália, Nigéria e Iêmen.

SÍRIA

Brincar, apesar de tudo. As ruas da cidade síria de Kobane, na fronteira com a Turquia, mesmo nos rastros dos combates entre as forças curdas e os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), expulso em janeiro; em meio à destruição, um menino curdo brinca com o que tem em mãos.

AFEGANISTÃO

Viver sem um teto. Mais de 13 anos de guerra deixaram estragos na sociedade afegã; no país, há centenas de milhares de desabrigados, como esta garota e seu irmão, na cidade de Herat (oeste), onde vivem em refúgios precários.

IÊMEN

As crianças soldadas. Em Sana, a capital do Iêmen, ninguém saiu imune às batalhas entre os rebeldes huthis e as forças da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, como esses garotos que rondam a cidade em apoio ao grupo rebelde xiita.

IRAQUE

Impor o extremismo. Os jihadistas do EI se aproveitam dos menores para incluí-los na guerra pela ampliação seu califado no Iraque; em Mossul, estes dois meninos fizeram parte de um desfile para festejar a vitória do grupo sobre as forças do governo iraquiano.

FAIXA DE GAZA

Pose para a desolação. Os combates entre o Hamas e as forças israelenses do ano passado deixaram milhares de crianças palestinas sem moradia e em condições de precariedade, como esta menina. A casa de sua família foi danificada por bombardeios israelenses, em Beit Lahiya, norte de Gaza.

* “La Nación” integra o Grupo de Diarios América (GDA), do qual O GLOBO faz parte.

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