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Membros da equipe de hóquei de gelo da Coréia do Norte (em branco e vermelho) são recebidos pelos membros da equipe sul-coreana (em azul) | SONG KYUNG-SEOK/
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Membros da equipe de hóquei de gelo da Coréia do Norte (em branco e vermelho) são recebidos pelos membros da equipe sul-coreana (em azul)| Foto: SONG KYUNG-SEOK/ AFP

Uma delegação de autoridades e atletas norte-coreanas de hóquei no gelo cruzou a fronteira com a Coreia do Sul nesta quinta-feira (25) para iniciar o treinamento conjunto para a Olimpíada de Inverno.

O grupo inclui 12 atletas que irão formar uma equipe conjunta com jogadoras sul-coreanas para disputar a competição, que acontece de 9 a 25 de fevereiro em PyeongChang, na Coreia do Sul.  

Os governos de Seul e Pyongyang anunciaram no último dia 17 a decisão de formar um time unificado na modalidade. A delegação dos dois países também vai desfilar junta na abertura do torneio.

Além do time unificado, outros atletas norte-coreanos também irão participar do torneio, incluindo os patinadores Ryom Tae-ok e Kim Ju-sik.  

Após passarem por postos de verificação sul-coreanos na fronteira, a equipe norte-coreana viajou para o centro nacional de treinamentos em Jincheon, 90 quilômetros ao sul de Seul.  

Ao descerem do ônibus, as atletas vestiam casacos em branco, azul e vermelho, cores da bandeira da Coreia do Norte, com o nome "DPR Korea" gravado nas costas, em referência ao nome oficial do país, República Popular Democrática da Coreia. Elas não responderam perguntas da imprensa.  

Em Jincheon, as atletas foram recebidas pela chefe da equipe sul-coreana, Sarah Murray, que anteriormente chamou a decisão do governo de formar uma equipe conjunta com a Coreia do Norte de uma "situação difícil".  

A ministra de Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, disse à agência de notícias Reuters que a Olimpíada é uma oportunidade para um "engajamento pacífico" entre os países. "Nós precisamos tirar o melhor disto", disse ela, enquanto participava do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.  

Kang, porém, disse que Seul também está preparada para "todos os cenários de contingência" caso a ditadura de Kim Jong-un faça alguma provocação durante a Olimpíada.  

Unificação  

Também nesta quinta, a Coreia do Norte fez um novo aceno para o país vizinho. Em um comunicado endereçado a "todos os coreanos em casa e no exterior", o governo pediu um esforço de todos para que ocorra um "avanço" na unificação da península sem que seja necessária a ajuda de outros países.  

Todos os coreanos devem "promover contato, viagens, cooperação entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul", disse a nota, na qual Pyongyang afirma que irá "esmagar" todos os desafios contra a reunificação da península.  

Leia também: Em 1988, as Coreias tentaram se reaproximar. Mas então o Norte explodiu um avião com 115 pessoas

Seul e Pyongyang começaram uma reaproximação no início do ano, após o ditador Kim dizer em seu discurso de Ano Novo no dia 1º que pretendia liberar os atletas do país para participarem da Olimpíada.  

O governo sul-coreano respondeu elogiando a declaração e convidando a Coreia do Norte para um encontro no dia 9, no qual foi confirmada a participação. Representantes dos dois países tiveram uma nova reunião na qual acertaram os detalhes no dia 17, incluindo a formação de uma equipe feminina unificada de hóquei no gelo.

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