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"Foi um ato de traição sem precedentes”, disse o presidente do diretório nacional dos democratas, Tom Perez | SAUL LOEB/
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"Foi um ato de traição sem precedentes”, disse o presidente do diretório nacional dos democratas, Tom Perez| Foto: SAUL LOEB/ AFP

A ferida das últimas eleições americanas parece ainda não ter fechado: o partido Democrata dos Estados Unidos propôs nesta sexta-feira (20) uma ação contra a campanha de Donald Trump, o governo da Rússia e o site Wikileaks por conspiração para interferir nas eleições de 2016 em favor do republicano.  

"A Rússia lançou um total ataque à nossa democracia, e encontrou um parceiro ativo na campanha de Donald Trump", informou em nota o presidente do diretório nacional dos democratas, Tom Perez.  

"Foi um ato de traição sem precedentes: a campanha de um candidato à Presidência dos EUA em aliança com um poder estrangeiro hostil, para reforçar sua própria chance de vencer", disse ele.  

A ação, que corre na corte federal em Manhattan, afirma que membros da campanha do republicano atuaram em parceria com agentes russos para prejudicar a candidata democrata, Hillary Clinton, e hackear os computadores do diretório nacional.  

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Emails da campanha de Hillary foram vazados dias antes da eleição pelo site Wikileaks. O material escancarou estratégias políticas da democrata, que afirmava nas mensagens que é preciso ter "uma posição pública e outra privada", e comparava a política a "uma salsicha sendo feita".  

Depois das eleições, a democrata atribuiu em parte ao episódio sua derrota nas urnas.  

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Na ação, o partido pede indenização de milhões de dólares por danos causados pelos hackers, argumentando que o ciberataque prejudicou sua capacidade de se comunicar com eleitores, arrecadar doações e trabalhar de forma regular.  

Os democratas também querem uma admissão pública de culpa por parte do governo russo, da campanha de Trump e do site Wikileaks, para que afirmem que conspiraram para favorecer o candidato republicano.  

Trump nega qualquer envolvimento com os russos, e diz que não houve conluio.  

Investigação  

A interferência russa nas eleições americanas também é alvo de uma investigação do FBI, que já indiciou 13 russos por espalharem informações falsas e manipuladoras pela internet. O suposto envolvimento da campanha de Trump não foi comprovado até aqui.  

Uma investigação conduzida no Congresso, por uma comissão liderada por republicanos, concluiu no mês passado que não há evidências de conluio entre russos e a campanha de Trump.  

O presidente diz que o inquérito do FBI é uma "caça às bruxas", e sustenta que quem deveria ser investigado são os próprios democratas, pela compra de um dossiê falso contra ele ainda durante a campanha.

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