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Mulher contaminada pelo  ebola recebe tratamento em Serra Leoa. | Baz Ratner/Reuters
Mulher contaminada pelo ebola recebe tratamento em Serra Leoa.| Foto: Baz Ratner/Reuters

O surto do ebola no oeste africano interrompeu o progresso no combate ao HIV em Serra Leoa, levou clínicas de saúde a serem fechadas e fez pacientes ficarem medo de fazer testes ou tratamento, disse a Organização das Nações Unidas.

Em um documento interno, o Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) levantou preocupações de que o predomínio do HIV e resistência a drogas no país podem subir.

O pior surto do ebola matou mais de 9,5 mil pessoas, infectou mais de 23,5 mil outras e pressionou os sistemas de saúde, já fracos, de Serra Leoa, Guiné e Libéria.

“Hospitais fecharam porque ficaram lotados de pacientes com ebola e os pacientes livres do vírus estão com medo de ir e serem contaminados”, diz Hakan Bjorkman, que cuida do programa de combate à aids do Pnud.

“As atividades de prevenção ao HIV nas escolas e conscientização para a população geral foram suspensas devido à restrição de movimento, ao encerramento das instituições educacionais e ao banimento geral de reuniões públicas”, completou.

“Se [a questão] não for enfrentada rapidamente, nós arriscamos que o vírus se espalhe para mais pessoas, teremos mais gente morrendo de doenças oportunistas, como tuberculose, e o vírus vai ganhar resistência às nossas drogas”, afirma Bjorkman.

Cerca de 58 mil pessoas estão vivendo com HIV em Serra Leoa, país com cerca de 6 milhões de habitantes. Cerca de um terço dos afetados precisa de antirretrovirais para sobreviver, no entanto, como em junho de 2014, somente 10.673 pessoas receberam o tratamento, de acordo com o relatório.

Surto prejudica aplicação de recursos para a saúde

  • DACAR

O Fundo Global para Combate à Aids, Tuberculose e Malária forneceu US$ 55 milhões para o combate à aids em Serra Leoa entre 2013 e 2015, mas até agora somente 25 milhões foram gastos, parcialmente por conta do Ebola.

“Nós precisamos começar aconselhamento e testes em grupos de alto risco, procurar os pacientes que faltaram aos tratamentos e recomeçar campanhas em escolas e locais públicos agora que as proibições foram levantados”, disse Hakan Bjorkman, responsável pelo programa do Pnud.

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