• Carregando...
Estátua pesava 15 toneladas e media 3,5 metros de altura | Mappo/Wikimedia Commons
Estátua pesava 15 toneladas e media 3,5 metros de altura| Foto: Mappo/Wikimedia Commons

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) destruiu a estátua de um leão, do século I a.C e que estava situada na entrada do Museu de Palmira, no centro da Síria, disse o diretor-geral das Antiguidades e Museus do país, Maamún Abdelkarim. Segundo ele, “é a estátua mais importante que o EI destruiu até o momento na Síria por suas dimensões e seu valor”.

EI saqueia sítios arqueológicos e vende a intermediários para se financiar

Segundo a Unesco, alguns sítios localizados na Síria já não têm mais valor histórico

Leia a matéria completa

Abdelkarim explicou que a peça, que pesava 15 toneladas e media 3,5 metros de altura, foi destruída há uma semana e estava localizada no jardim do Museu de Palmira, que fica perto das ruínas greco-romanas que fizeram esta cidade do leste da província central de Homs ficar famosa.

Na antiguidade, a figura do leão estava situada no templo de Al Lat (Atena).

A peça não tinha sofrido nenhuma imperfeição durante os mais de quatro de anos de guerra na Síria, porque as autoridades protegeram a mesma com uma placa de ferro e sacos de areia, o que não a salvou dos jihadistas.

Abdelkarim, que recebe informação da situação no terreno através de testemunhas, disse que, por enquanto, nada indica que a parte arqueológica de Palmira tenha sofrido danos.

Por outro lado, apontou que oito estátuas de homens e mulheres, procedentes da antiga Palmira, e que adornavam túmulos em Manbech, um reduto do EI na província de Aleppo, foram destruídas hoje pelos extremistas.

Na semana passada, os radicais explodiram dois santuários islâmicos em Palmira, que estavam fora da zona monumental.

Esta cidade é um dos seis lugares sírios incluídos na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco.

Palmira foi nos séculos I e II d . C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria.

Antes do início da disputa, em março de 2011, suas ruínas eram uma das principais atrações turísticas do país e da região.

O EI, que em meados de maio tomou o controle da população de Palmira e da zona monumental, divulgou em 26 de maio um vídeo com supostas imagens das ruínas no qual aparentemente não foram observados danos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]