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Explosão na Península do Sinai: guerra atinge civis da região. | Ibraheem Abu Mustafa / Reuters
Explosão na Península do Sinai: guerra atinge civis da região.| Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

Militantes do grupo radical Estado Islâmico (EI) fizeram ontem um ataque coordenado em diversos postos militares na Península do Sinai, no qual mais de 100 pessoas foram mortas. Foi um dos maiores ataques em solo egípcio na história moderna do país. Soldados, policiais, civis e militantes do EI estão entre os mortos.

A filial egípcia do EI, chamada Província do Sinai, assumiu a responsabilidade e disse que atacou 15 locais de segurança e realizou três atentados suicidas. O Exército do Egito confirmou que 17 soldados morreram, mas não informou quantos civis estão entre as vítimas.

O EI mobilizou 300 militantes com armamento pesado e armas antiaéreas na Província do Sinai Norte. O Exército declarou que cinco postos de controle foram atingidos e que os combates duraram mais de oito horas.

O ataque à Península do Sinai, entre Israel, a Faixa de Gaza e o Canal de Suez, foi o maior ato até agora na escalada de violência no Egito. O governo do presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi vem reprimindo os grupos ligados à Irmandade Muçulmana desde que Mohamed Mursi, primeiro ativista islâmico a chegar à Presidência do país, foi derrubado por um golpe militar, em 2013.

Na última segunda-feira, a explosão de um carro-bomba matou o procurador-geral do país, Hisham Barakat, responsável pelos processos contra os radicais. O EI, que domina partes da Síria e do Iraque, tenta estabelecer um grande “califado” em todo o mundo árabe.

Faixa de Gaza

Militantes do EI têm ameçado tomar a Faixa de Gaza e expulsar os “tiranos do Hamas”. “Vamos arrancar o Estado dos judeus (Israel) de vocês e do Fatah. Todos os secularistas não são nada, e vocês serão totalmente devastados por nossas multidões”, disse um membro mascarado do EI em um vídeo dirigido ao Hamas. “A regra da sharia será implementada em Gaza, apesar de vocês”.

O ministro de Inteligência israelense, Israel Katz, reconheceu que o EI tem desafiado o Hamas na Faixa de Gaza, mas acusou os dois grupos islamistas de terem “a comum causa contra os judeus, dentro e fora de Israel”. Na terça-feira, Katz acusou o Hamas de cooperar com o contrabando de armas e com grupos vinculados ao EI na Península no Sinai, uma alegação que o grupo palestino nega.

Ontem, a Irmandade Muçulmana pediu uma rebelião contra Abdel Fattah al-Sisi, após nove membros de alto escalão da organização serem mortos por forças de segurança no Cairo.

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