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Por Sam Wilkin

DUBAI (Reuters) - Na primeira visita ao Irã de um ministro das Relações Exteriores francês nos últimos 12 anos, Laurent Fabius transmitiu um convite do presidente François Hollande ao presidente do Irã, Hassan Rohani, para que visite a França em novembro, segundo a mídia iraniana.

Se Rouhani aceitar, será o primeiro presidente iraniano a fazer uma visita de Estado à França desde 1999. Fabius está tentando deixar para trás quaisquer tensões no relacionamento bilateral surgidas pela linha rígida adotada pela França durante as negociações que produziram um acordo nuclear histórico em 14 de julho e, assim, criar um clima propício ao reforço dos laços económicos.

A França espera conseguir realizar negócios no Irã assim que as sanções ocidentais forem levantadas, como parte do acordo nuclear. Na semana passada, Fabius disse que a sua posição dura nas negociações não iria prejudicar as oportunidades comerciais da França.

Grupos ultraconservadores iranianos desejam bloquear acordos de negócios com a França em razão das estreitas relações do país com os governos árabes do Golfo Pérsico envolvidos em uma disputa regional de poder com o Irã, e também pela sua posição durante as negociações nucleares.

No entanto, o chanceler iraniano, Mohammad Zarif afirmou que o encontro com Fabius tinha transcorrido bem. “Começamos boas discussões para chegar à cooperação regional na luta contra o terrorismo e o extremismo”, disse ele em uma entrevista coletiva televisionada.

De acordo com Fabius, agricultura, setor automotivo e o meio ambiente seriam o foco da delegação econômica e empresarial francesa de alto escalão que irá ao Irã em setembro.

As montadoras Renault e Peugeot tinham forte presença no setor automotivo do Irã antes das sanções contra o país serem introduzidas em 2011, e a empresa petrolífera Total se manteve em atividade no Irã até 2006.

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