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Moradores observam a fumaça levantar do vulcão Calbuco, que registrou atividade após mais de 40 anos em silêncio | ALEX VIDAL BRECAS/EFE
Moradores observam a fumaça levantar do vulcão Calbuco, que registrou atividade após mais de 40 anos em silêncio| Foto: ALEX VIDAL BRECAS/EFE

Mais de 4 mil pessoas foram evacuadas devido às duas erupções registradas desde quarta-feira (22) no vulcão Calbuco, no sul do Chile, segundo informaram fontes oficiais nesta quinta-feira.

As autoridades informaram que até agora não houve mortes, mas que está desaparecido um jovem que escalava o vulcão, de 2.015 metros de altitude, junto a amigos, que conseguiram se afastar do local.

A presidente chilena, Michelle Bachelet, viajará hoje à região do vulcão, de cuja cratera emanou uma enorme coluna de fumaça, cinzas e rochas de mais de 15 quilômetros de altura, após a erupção da tarde de quarta-feira, seguida por outra nesta madrugada.

Bachelet informou que as erupções do Calbuco, mil quilômetros ao sul de Santiago, geraram uma situação pior que a provocada em março pela explosão do vulcão Villarica, quando foi preciso evacuar a cerca de 3.300 pessoas.

“Isto é, até agora, mais grave que Villarrica”, disse a governante chilena em um pronunciamento à imprensa após uma reunião no Palácio de La Moneda com vários ministros de seu gabinete para avaliar a situação.

Bachelet é esperada nesta quinta-feira na cidade de Puerto Montt, uma das mais afetadas pelas erupções, para se reunir com os agricultores da região e visitar alguns dos 11 albergues que alojam os evacuados, que são 4.150 segundo as autoridades.

A presidente informou que, segundo os dados dos órgãos especializados, as características do vulcão continuam as mesmas, por isso segue vigente a medida de evacuação preventiva de 20 quilômetros ao redor.

Além disso, foi decretado estado de exceção por catástrofe, alerta de saúde e a suspensão das aulas em toda a região dos Lagos, onde se encontra o vulcão.

“Foram disponibilizadas equipes aéreas e terrestres para olhar tanto as condições vulcanológicas, como também para localizar pessoas ou grupos de famílias que pudessem estar isoladas”, disse a governante.

Bachelet também informou que equipes do Ministério de Obras Públicas supervisionam o estado das estradas e caminhos, assim como dos leitos dos rios, para ver se registram algum aumento como consequência do derretimento da neve próxima à cratera do vulcão.

Sobre os serviços públicos, a presidente comentou que as redes de água potável urbana estão em boas condições, mas que é preciso checar o estado de algumas de redes água potável rural para verificar se foram contaminadas pelas cinzas do vulcão.

“Vamos fazer uma avaliação do impacto das cinzas do vulcão no território e também no âmbito da pecuária e da agricultura para ver que outras medidas temos que tomar”, detalhou.

A chefe de Estado especificou que atender a essa nova emergência causada por uma catástrofe natural não impedirá que o governo mantenha o plano de ajuda aos afetados pelas inundações que semanas atrás atingiram as regiões de Antofagasta e Atacama.

As inundações deixaram 30 mortos e 48 desaparecidos, 30 mil afetados e danos materiais no valor de US$ 1,5 bilhão.

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