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Insurgentes do Estado Islâmico ameaçaram nesta terça-feira (30) transformar a Faixa de Gaza em mais um de seus feudos do Oriente Médio, acusando o Hamas, organização que governa o território palestino, de não ser rígido o suficiente sobre a aplicação da lei religiosa.

A declaração em vídeo, emitida a partir de uma fortaleza do Estado Islâmico na Síria, foi um raro desafio público ao Hamas, que tem reprimido os jihadistas em Gaza que se opõem a tréguas com Israel e reconciliação com a facção palestina rival Fatah, apoiada pelos Estados Unidos.

“Vamos arrancar o Estado dos judeus (Israel), e vocês e o Fatah, e todos os secularistas não são nada. Vocês serão totalmente devastados por nossas multidões”, disse um membro mascarado do Estado Islâmico na mensagem dirigida aos “tiranos do Hamas”.

EI crucifica 17 pessoas por desrespeito ao jejum no Ramadã

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) crucificou 17 pessoas no nordeste da Síria porque elas não fizeram jejum no Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, informou ontem o diretor da ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdulrahman.

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“A regra da sharia (lei islâmica) será implementada em Gaza, apesar de vocês. Nós juramos que o que está acontecendo hoje no Levante, e em particular no campo de Yarmouk, vai acontecer em Gaza”, afirmou ele, referindo-se aos avanços do Estado Islâmico na Síria, incluindo em um distrito de Damasco fundado por refugiados palestinos.

O Estado Islâmico também tomou faixas de território no Iraque e reivindicou ataques no Egito, Líbia, Tunísia e Iêmen.

O Hamas é um movimento islâmico que compartilha a hostilidade dos jihadistas para com Israel, mas não sua busca por uma guerra religiosa global, definindo-se mais no âmbito do nacionalismo palestino. É considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Ministro israelense acusa Hamas de cooperar com o EI

O ministro de Inteligência israelense, Israel Katz, reconheceu que o Estado Islâmico (EI) tem desafiado o Hamas na Faixa de Gaza, mas acusou os dois grupos islamistas de terem “a comum causa contra os judeus, dentro e fora de Israel”.

Em uma conferência sobre segurança realizada em Tel Aviv na terça-feira, Katz acusou o Hamas de cooperar com o contrabando de armas e com grupos vinculados ao Estado Islâmico na Península no Sinai, uma alegação que o grupo palestino nega. Nesta quarta-feira, ao menos 50 soldados foram mortos na região egípcia durante uma onda de atentados de uma organização extremista ligada ao EI.

Jordânia, Egito e Israel cooperam em matéria de segurança contra os avanços do EI. O ministro de Defesa israelense, Moshe Yaalon, sustenta que a ajuda humanitária de seu país a grupos rebeldes moderados na Síria é oferecida sob duas condições: que não se permita a chegada de terroristas jihadistas na fronteira de Israel e que os drusos na Síria não sejam atacados.

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