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Foto de Palmira atribuída ao Estado Islâmico pela rádio Alwan FM | Alwan FM / Estado Islâmico
Foto de Palmira atribuída ao Estado Islâmico pela rádio Alwan FM| Foto: Alwan FM / Estado Islâmico

A facção radical Estado Islâmico (EI) publicou imagens na internet em que supostamente aparecem intocadas as ruínas da antiga cidade de Palmira, na Síria, dominada pelo grupo na semana passada.O EI prometeu não destruir a maior parte da cidade, aumentando as esperanças de que o patrimônio histórico da regio seja preservado.

Segundo o jornal britânico “The Guardian”, a rádio de insurgentes Alwan FM publicou uma entrevista em que um suposto comandante militar do EI afirma que o grupo não danificará as ruínas de Palmira, destruindo apenas estátuas que representem o politeísmo.

Anteriormente, milicianos do EI haviam destruído cidades e relíquias em áreas do Iraque. A tomada de Palmira, cidade considerada patrimônio mundial da Unesco, havia aumentado os temores de que o EI provocasse danos permanentes às ruínas de 4.000 anos da região.

“A sistemática destruição de componentes icônicos da rica e diversificada herança do Iraque, que temos testemunhado nos meses recentes, é intolerável e deve parar imediatamente”, disse a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

Execuções

Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), milicianos do EI mataram na quarta-feira (27), dentro de um antigo anfiteatro localizado em Palmira, cerca de 20 homens acusados de apoiar o regime sírio.

“Eles executaram cerca de 20 pessoas no anfiteatro romano e chamaram pessoas para assistir”, disse Rami Abdulrahman, do OSDH, citando fontes de Palmira.

Segundo a ONG, os radicais do EI já mataram pelo menos 200 pessoas e capturaram mais de 600 na região desde a semana passada.

A força aérea do regime sírio vem fazendo bombardeios contra posições do EI em Palmira. Já a coalizão internacional de combate ao EI, que não age de maneira coordenada com Damasco, afirma não ter realizado ataques aéreos na região.

A Reuters não pôde confirmar independentemente a autenticidade das fotografias postadas em fóruns jihadistas pelo braço de mídia do Estado Islâmico. Ativistas em contato com pessoas dentro do grupo também disseram que não houve danos ao local, que é Patrimônio da Humanidade na UNESCO.

O Estado Islâmico é uma ramificação da Al Qaeda que tomou territórios na Síria e Iraque, e é alvo de uma campanha aérea liderada pelos Estados Unidos em ambos os países.

O grupo destruiu antiguidades no Iraque e o chefe de antiguidades da Síria demonstrou temor de que pudesse devastar Palmira, lar de renomadas ruínas romanas, incluindo templos, colunas e um anfiteatro.

Na quarta-feira, o grupo matou a tiros cerca de 20 homens no anfiteatro, acusando-os de apoiarem o governo, de acordo com o grupo de monitoramento Observatório Sírio para Direitos Humanos.

Estima-se que o grupo matou pelo menos 200 pessoas e fez 600 prisioneiros dentro e nos arredores da cidade, também conhecida como Tadmur.

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