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Foto sem data, obtida em 20 de abril de 2018, cortesia do Departamento de Correções do Alabama, mostra o detento Walter Moody no corredor da morte. Walter Moody foi condenado por assassinar um juiz americano e um advogado com bombas. Moody é a pessoa mais velha a ser executada nos Estados Unidos desde que o país restabeleceu a pena capital na década de 1970, substituindo John Nixon, que morreu aos 77 anos em 2005, segundo dados do Centro de Informações sobre Pena de Morte. | Divulgação/AFP
Foto sem data, obtida em 20 de abril de 2018, cortesia do Departamento de Correções do Alabama, mostra o detento Walter Moody no corredor da morte. Walter Moody foi condenado por assassinar um juiz americano e um advogado com bombas. Moody é a pessoa mais velha a ser executada nos Estados Unidos desde que o país restabeleceu a pena capital na década de 1970, substituindo John Nixon, que morreu aos 77 anos em 2005, segundo dados do Centro de Informações sobre Pena de Morte.| Foto: Divulgação/AFP

Um homem de 83 anos, condenado pelo assassinato de um juiz federal e de um advogado defensor dos direitos civis em 1989, foi executado nesta quinta-feira (19) no Alabama, se tornando assim o preso mais velho a sofrer a pena de morte no país entre os casos em que há registro da idade do condenado.  

Walter Moody foi morto por uma injeção letal em uma prisão em Atmore, no sul do estado, e não deu uma declaração final. Ele foi a oitava pessoa executada no país este ano.

Ele foi considerado culpado de ter enviado uma carta-bomba que matou o juiz federal Robert S. Vence. De acordo com a acusação, o ataque aconteceu porque o magistrado tinha participado de um tribunal que se recusou a retirar uma condenação contra Moody pela posse de artefatos explosivos em 1972.

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Por isso, Moody estava irritado com o sistema jurídico, a quem culpava por atrapalhar sua carreira —ele era formado em direito. 

Após a morte de Vance, Moody teria então enviado outras três cartas para fingir que o ataque estava sendo feito pelo grupo racista Ku Klux Klan. Uma delas foi para o advogado negro Robert E. Robinson, que morreu na explosão.

As outras duas correspondências, entre elas uma enviada para o escritório da organização de combate à discriminação racial NAACP, foram interceptadas antes que chegassem ao alvo.

“Conspiração do governo”

Moody sempre negou as acusações. Em uma carta enviada há poucas semanas para o filho do juiz morto, ele disse ter sido alvo de uma conspiração do governo. Robert Vance Junior disse ter jogado a correspondência no lixo.

Inicialmente condenado a prisão perpétua pela Justiça Federal em 1991, Moody recebeu a pena de morte de uma corte estadual do Alabama em 1996.

A execução desta quinta chegou a ser adiada por alguns instantes após os advogados do preso entrarem com uma última apelação na Suprema Corte americana, mas o recurso não foi aceito e Moody foi oficialmente declarado morto às 20h42 locais (22h42 no Brasil).

Idosos no corredor da morte

Segundo dados do pesquisador Watt Espy e da organização Death Penalty Information Center (que juntos têm informações de execuções desde 1608), Moody é a pessoa mais velha a ser executada na história do país, empatada com Joe Lee, morto na Virgínia aos 83 anos em 1916. Mas em muitos dos casos, em especial os mais antigos, não há informações sobre a idade do condenado.

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Desde que a Suprema Corte voltou a autorizar a pena de morte no país em 1976, após um hiato de nove anos sem execuções, o mais velho a ser morto tinha sido John Nixon, 77, com uma injeção letal no Mississipi em dezembro de 2005.

A execução de Moody mostra ainda o grande número de idosos que aguardam no corredor da morte no país. Desde 2005, ao menos dez pessoas com mais de 70 anos foram executadas no país de acordo com a agência Reuters, contra nenhuma nos 30 anos anteriores.

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