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Obama aperta a mão de Raúl Castro durante a Cúpula das Américas | JONATHAN ERNST/REUTERS
Obama aperta a mão de Raúl Castro durante a Cúpula das Américas| Foto: JONATHAN ERNST/REUTERS

O Departamento de Estado americano anunciou nesta sexta-feira (29) a retirada formal de Cuba de sua lista de países apoiadores do terrorismo. A medida era aguardada há meses, quando os dois países anunciaram o início do processo de retomada das relações diplomáticas. Com a nova etapa cumprida, espera-se que a reabertura das embaixadas seja concluída em breve.

O documento que oficializa a retirada de Cuba da listaHO MAG/EFE

Com a nova medida, cubanos podem realizar transações financeiras através de instituições americanas, além de outras liberações que não são pautadas pelo embargo econômico que ainda perdura.

Há uma semana, delegações dos dois países não confirmaram a reabertura das embaixadas, depois de 54 anos sem uma representação formal das diplomacias. Ambos os representantes destacaram que foram feitos progressos, mas reconheceram que ainda há elementos delicados para serem discutidos.

Da Baía dos Porcos à libertação de presos

Após uma série de divergências e confrontos diplomáticos após a revolução cubana, os países se viram diante de uma grave crise quando uma força apoiada pela CIA tentou invadir a ilha em 1961, no episódio da Baía dos Porcos. Um ano depois, Cuba decidiu instalar mísseis soviéticos, dando início à Crise dos Mísseis.

O então presidente John F. Kennedy decidiu impor um embargo econômico e comercial a Havana, que somente aumentou desde então. Sem representação diplomática, as missões de cada país são atualmente intermediadas por embaixadas da Suíça.

Em 17 de dezembro, os dois países afirmaram que a reaproximação era uma maneira de mudar a abordagem de décadas entre os países. No mesmo dia, prisioneiros foram trocados, e foi acordado que outros presos políticos seriam libertados. Obama adotou medidas executivas para afrouxar as sanções econômicas que pressionam a economia cubana. Havana, por sua vez, se mantém na posição de que ainda é necessário o fim do embargo.

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