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Os Estados Unidos se opõem ao fim do embargo de armas imposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) ao Irã, ponto que vem gerando impasse para a assinatura de um acordo nuclear com a república islâmica. Representantes do Irã, da União Europeia (UE) e das seis potências que participam das negociações (EUA, Rússia, França, Alemanha, China e Reino Unido) decidiram prorrogar até sexta-feira o prazo final para o acordo, que terminaria ontem.

Petróleo

A União Europeia (UE) estendeu ontem a suspensão de sanções econômicas ao Irã até 10 de julho para permitir que as negociações para um acordo nuclear de longo prazo possam ser bem-sucedidas. A UE mantém embargos às exportações de petróleo do Irã e congelou bens do país.

A posição dos EUA gerou um conflito com a Rússia, que defende uma revisão da sanção. A ONU impôs a restrição em 2010, pois o Irã mantém um programa de fabricação de mísseis balísticos. O fim da sanção é uma das condições de Teerã para assinar o acordo. As seis potências defendem um congelamento das atividades nucleares do Irã por dez anos. Em troca, o país teria os embargos suspensos. O governo do Irã segue impedido de exportar petróleo, o que vem afetando sua economia.

Os negociadores perderam o prazo inicial de 30 de junho para um acordo final e haviam estendido as negociações até ontem.

“Estamos continuando as negociações pelos próximos dias. Isso não significa que estamos estendendo nosso prazo”, disse a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, que participa das negociações em Viena, na Áustria. “Estamos interpretando de uma maneira flexível o nosso prazo, o que significa que estamos usando o tempo, os dias que ainda precisamos, para finalizar o acordo.”

O acordo seria o marco mais importante em décadas para aliviar a tensão entre EUA e Irã, inimigos desde que iranianos capturaram 52 reféns na embaixada americana em Teerã, em 1979, e seria importante para o governo do presidente Barack Obama e para o pragmático presidente do Irã, Hassan Rohan, que enfrenta o ceticismo de poderosos políticos linha-dura.

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