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 | /NASA/JPL/Hubble
| Foto: /NASA/JPL/Hubble

Agências do governo norte-americano promovem pesquisas aéreas e espaciais há mais de um século. Desde que foi criado o Comitê Nacional de Assessoria da Aeronáutica, em 1915, ele e seu sucessor, a Nasa, acumulam milhares de imagens de suas descobertas.

Muitas dessas imagens já se tornaram ícones. A foto “Blue Marble” (“bolinha de gude azul”), feita pelos astronautas da Apollo 17 em 1972, é vista como responsável por ajudar a lançar o movimento ambiental e talvez esteja entre as imagens mais reproduzidas da história. Mas, devido ao caráter burocrático do programa espacial americano, nem sempre foi fácil localizar essas imagens. Até recentemente, elas estavam espalhadas por mais de 60 coleções.

Na terça-feira, porém, a Nasa lançou sua nova Biblioteca de Imagens e Vídeos, reunindo mais de 140 mil fotos, vídeos e clipes de áudio “das muitas missões da agência na aeronáutica, astrofísica, ciências da Terra, voos espaciais tripulados por humanos e mais”, disse a agência espacial em release para a imprensa.

“A biblioteca não é abrangente”, destaca o release, “mas oferece o que há de melhor nos materiais que a Nasa disponibiliza ao público, reunido em um único ponto de presença na web.”

A “Blue Marble” está ali, juntamente com outras imagens muito conhecidas, como a “Pale Blue Dot” (“pontinho azul pálido” – a Terra vista a partir da sonda Voyager) e a “Pillars of Creation” (“pilares da criação” – a Nebulosa da Águia, fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble).

Há também imagens de momentos mais descontraídos da história da agência, como uma parada na Disney World em 2009 com uma figurinha de ação do personagem Buzz Lightyear que tinha passado tempo na Estação Espacial Internacional, e de momentos sombrios, como a investigação sobre a perda do ônibus espacial Columbia, em 2003.

Todas essas imagens fazem parte do domínio público e estão disponíveis para serem reutilizadas. A Nasa convida os usuários a “inserir o conteúdo em seus próprios sites e optar entre múltiplas resoluções para descarregar os materiais”. Além disso, oferece legendas e metadados para cada foto e disponibiliza uma versão da biblioteca para smartphones e tablets.

Não são apenas os educadores científicos e fãs de papel de parede com imagens do espaço que vão se beneficiar com a disponibilização destas novas fotos. O material também pode alimentar a curiosidade e novas descobertas por parte de cidadãos comuns. Usando informações disponíveis publicamente, “cientistas cidadãos”, ou leigos, já identificaram um sensor defeituoso na Estação Espacial Internacional e cooperaram na busca pelo Planeta 9.

Ainda é cedo para saber quais descobertas nos aguardam na nova biblioteca da Nasa ou se os candidatos a pesquisadores vão precisar complementar as informações da biblioteca com dados de outro tipo. Mas é provável que a biblioteca online ajude a fomentar uma tendência observada recentemente para o projeto The Conversation por Andrew Maynard, professor na Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade, na Arizona State University.

“Não há dúvida de que o movimento está capacitando mais pessoas que nunca a se engajarem na ciência e contribuírem para o progresso científico”, ele opinou.

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