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Viktor Orban durante discurso na Assembleia Nacional Húngara. | Botár Gergely/ Magyarország Kormánya Government/
Viktor Orban durante discurso na Assembleia Nacional Húngara.| Foto: Botár Gergely/ Magyarország Kormánya Government/

Na popular cidade de Siófok, perto do Lago Balaton, centenas de turistas lotam o Bacardi Clube, mas faltam funcionários para atender a demanda. Apesar de sua política contra refugiados, a Hungria vive hoje uma grave escassez de mão de obra, com mais de 35 mil postos de trabalho não preenchidos este ano.

“Agora temos cinco garçons, mas não é suficiente. Precisamos de mais um ou dois”, contou à rede Deutsche Welle a gerente Benigna Nemeth, que postou anúncios à procura de novos funcionários, sem sucesso. “Não conseguimos encontrar bons trabalhadores”.

A Confederação de Empregadores e Industriais da Hungria apresentou recentemente ao governo várias propostas para tentar melhorar a situação, incluindo a contratação de trabalhadores estrangeiros. Mesmo assim, no próximo dia 2 de outubro o país irá realizar um referendo sobre a política de cotas que a União Europeia (UE) quer implementar. O premier conservador Viktor Orbán pretende usar o resultado como um trunfo nas negociações com Bruxelas.

“Acreditamos que seriam necessários alguns trabalhadores qualificados do exterior. A imigração seria realmente importante, de maneira temporária ou mesmo permanente”, disse o vice-presidente da confederação, Férenc Rolek.

De acordo com ele, a cada ano há escassez de 40 mil a 50 mil postos, o que significa que em dez anos o país irá precisar de 500 mil trabalhadores. A principal razão é a demografia. A baixa taxa de natalidade levou a uma população cada vez menor ao longo de décadas e, em 2011, caiu para menos de dez milhões pela primeira vez desde 1960. Além disso, muitos húngaros deixam o país em busca de melhores salários em outras nações da UE.

“O risco maior, para a Europa e as nações, é a fragmentação, o egoísmo — alertou o presidente francês, François Hollande, durante entrevista coletiva com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o chefe de governo italiano, Matteo Renzi, na Itália”.

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