Um fotógrafo belga registrou o dia a dia de uma das mais temidas e bilionárias organizações criminosas no mundo: a máfia japonesa Yakuza (ou Yamaguchi Gumi, no nome original). O resultado deste ousado ensaio foi compilado por Anton Kusters em um livro chamado ‘Odo Yakuza Tokyo’ -- cujas suas primeiras edições se esgotaram em semanas.
Fotógrafo capta “beleza mórbida” de Fukushima
Uma das faces mais desoladoras de um desastre nuclear foi captada pelas lentes do fotógrafo polonês Arkadiusz Podniesinski. Ele conseguiu permissão especial para entrar na zona de exclusão de Fukushima, no Japão, uma região praticamente deserta após acidente em uma usina nuclear causado por um terremoto seguido de tsunami em 2011.
Leia a matéria completaPara ter acesso íntimo à rotina da facção japonesa, Kusters passou dois anos com uma família que pertencia à máfia e tinha status respeitoso.
“A primeira vez que eu vi um membro da Yakuza foi nas ruas de Kabukicho, em Tóquio. Naquela época eu pensava o mesmo que todo mundo: que eram gângsters com tatuagens loucas andando com espadas e se matando. Mas aqueles caras se vestiam tão bem e agiam de forma tão educada e confiável”, escreveu ao Daily Mail, em reportagem especial publicada nesta semana.
Kusters começou a negociar com este membro e, após meses de conversa, ele permitiu que o fotógrafo acompanhasse encontros com outros integrantes do grupo, incluindo eventos de sociabilização. “Ele me instruía sobre o que dizer e o que falar”, contou.
A centenária máfia japonesa é uma empresa promissora do crime que aposta, inclusive, na diversificação. A maior fonte de seus US$ 80 bilhões é, no entanto, o tráfico de drogas. Mas os lucros do grupo também vêm de jogos de azar e extorsão. Estima-se que a Yakuza tenha mais de 100 mil membros no Japão. Para se tornar um membro, os “candidatos” se inscrevem em gangues pequenas e são levados a um local secreto onde são treinados a brigar e meditar.
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