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No dia 1° de janeiro, passou a vigorar uma mudança na legislação francesa que trata da doação de órgãos após a morte. O Parlamento do país decidiu que, a partir de agora, o ato se torna automático, independentemente do desejo da família. As informações são da publicação britânica The Guardian.

Antes da legislação entrar em vigor, cerca de um terço das famílias francesas não autorizava a retirada de órgãos de parentes mortos, ainda que pesquisas de opinião apontassem que cerca de 80% das pessoas gostaria que, após a morte, seus órgãos fossem destinados a quem precisasse.

Segundo a deputada Michèle Delaunay, do Partido Socialista, muitas famílias que recusavam a doação o faziam devido ao choque da perda recente, mas acabavam se arrependendo da decisão mais tarde.

Agora, a doação só não ocorre se o cidadão tiver aderido a um cadastro nacional de recusa. Até o momento, 150 mil pessoas já assinaram o documento. Na União Europeia, Noruega e Turquia, são 86 mil pessoas que esperam por um transplante de órgãos, 19 mil delas só na França.

Embora a mudança na legislação francesa pareça benéfica, o texto encontrou desafetos na classe médica. De acordo com o jornal The Connexion, cerca de 270 médicos e enfermeiros já assinaram uma petição contra a decisão, alegando questões éticas e sob o pretexto de que a lei poderia prejudicar o relacionamento entre profissionais da saúde e parentes de pessoas que faleceram.

Como funciona no Brasil?

No Brasil, quando a morte encefálica de um paciente é diagnosticada, a família deve ser consultada e orientada por médicos a respeito do processo de doação de órgãos. Caso haja o aceite, é preciso assinar um termo por escrito, com a presença de testemunhas, que autoriza a retirada.

Segundo informações do Ministério da Saúde, porém, metade das famílias não permite a retirada de órgãos para a doação.

Colaborou: Mariana Balan.

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