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 | Reprodução/Flickr/Rusty Clark
| Foto: Reprodução/Flickr/Rusty Clark

Considerada uma erva daninha nos Estados Unidos, por se reproduzir com facilidade e invadir os jardins do Sul do país, a aroeira-vermelha, fruta típica brasileira que no exterior é conhecida como Brazilian peppertree, revelou possuir um grande valor na medicina.

É que pesquisadores da Universidade Emory, do estado norte-americano da Georgia, identificaram na planta propriedades capazes de combater infecções letais e controlar bactérias resistentes a antibióticos, as chamadas “super bactérias”. Os resultados do estudo podem ser conferidos na revista Nature.

O grande trunfo do composto da aroeira-vermelha é que em vez de destruir as bactérias, que é o que a maioria dos antibióticos faz e contra o que as super bactérias desenvolveram proteções, ele impede os microrganismos de se comunicarem entre si. Desta forma, interrompem-se as infecções.

Na Amazônia, a fruta é utilizada há séculos por curandeiros indígenas para tratar doenças de pele. E foi justamente esse fato que intrigou a professora Cassandra Quave, envolvida no estudo. À National Geographic, ela afirmou que sempre teve interesse na pesquisa de remédios caseiros, que por gerações recebem o apoio da sabedoria popular mas que muitas vezes acabam ignorados pela indústria farmacêutica moderna.

Outro ponto positivo relacionado à produção de um medicamento à base de aroeira-vermelha para combater bactérias é que ele poderia chegar rapidamente ao mercado. Nos Estados Unidos, por exemplo, o processo de aprovação de um antibiótico tradicional é bastante lento. Se o remédio, porém, tem frutas em sua composição, ele é considerado uma “droga botânica”, e pode ser regularizado de forma menos burocrática - e, consequentemente, mais rápida.

Colaborou: Mariana Balan.

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