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| Foto: UMIT BEKTAS/REUTERS

O grupo Estado Islâmico é o principal suspeito do atentado terrorista que vitimou pelo menos 97 pessoas na capital da Turquia, informou o primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu, nesta segunda-feira (12). “Desde o início, quando olhamos para como o incidente ocorreu e à tendência geral, identificamos Daesh como uma prioridade máxima, e o grupo está sendo investigado”, afirmou o premiê, utilizando o acrônimo árabe para identificar o grupo rebelde. Davutogluo também disse que investigadores estão perto de identificar um dos dois homens suicidas que se explodiram em uma marcha pacífica em Ancara no último sábado.

Nenhuma organização assumiu responsabilidade pelo ataque e a Turquia também trabalha com a possibilidade de as explosões terem sido causadas por militantes de esquerda, do grupo DHKP-C, e pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). As duas entidades são listadas como organizações terroristas na Turquia e nos Estados Unidos, mas já condenaram publicamente os ataques do sábado. Davutoglu diz que evidências levam o governo a pensar que “certo grupo” está por detrás da tragédia, mas se recusou a identificá-lo.

Milhares de pessoas foram às ruas nesta segunda-feira para protestar contra os atentados ocorridos no fim de semana, com muitos dos manifestantes culpando o presidente Recep Tayyip Erdogan e Davutoglu por permitirem o atentado em um ato de paz. O primeiro-ministro, porém, nega que tenham havido falhas de segurança ou negligência no que concerne ao ataque. “Este é um ataque contra a democracia; há um esforço para lançar sombras sobre as eleições”, afirmou Davutoglu. A Turquia realiza eleições gerais no próximo mês. O premiê também rejeitou alegações de que a Turquia estava sendo lançada à crise na Síria com o atentado. “Estes ataques não tornam a Turquia em uma Síria”, disse.

Sindicatos e organizações haviam convocado o protesto do sábado para demandar um fim à violência entre o governo turco e o PKK, grupo que tem lutado pela autonomia curda no sudeste do país desde 1984, em um conflito que já matou mais de 40 mil pessoas. No entanto, os dois suicidas interromperam o manifesto antes mesmo de a marcha pela paz começar a seguir.

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