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A eventual entrada da polícia britânica na embaixada do Equador em Londres para deter Julian Assange teria "graves consequências no mundo", advertiram em uma declaração os chanceleres da Alba, reunidos no sábado (18) na cidade equatoriana de Guayaquil.

"Advertimos o governo do Reino Unido sobre as graves consequências no mundo todo em caso de agressão direta à integridade territorial da República do Equador em Londres", afirmou o comunicado lido pelo chanceler venezuelano Nicolás Maduro ao término do encontro em Guayaquil, no sudoeste do Equador.

"Rejeitamos as ameaças intimidadoras proferidas por porta-vozes do governo do Reino Unido pela violação dos princípios de soberania e integridade territorial das nações", afirma outra parte da declaração.

Os chanceleres da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) se reuniram dois dias depois de o Equador conceder asilo diplomático ao australiano Assange, fundador do WikiLeaks, que se refugiou na embaixada equatoriana em Londres no dia 19 de junho para evitar sua extradição à Suécia.

Assange, de 41 anos, é requerido pela justiça sueca por acusações de agressão sexual que ele nega ter cometido. O fundador do WikiLeaks teme que a Suécia possa ser somente uma passagem antes de uma posterior extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de espionagem devido à publicação de milhares de documentos secretos do Departamento de Estado.

O governo do Equador denunciou que as autoridades britânicas ameaçaram entrar em sua embaixada em Londres para deter Assange, embora posteriormente o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, tenha negado a possibilidade.

No entanto, a Alba ressaltou no sábado que "as ameaças proferidas pelo governo do Reino Unido, que supõem a possibilidade de uma entrada indevida na sede diplomática do Equador em Londres para prender Julian Assange, constituem atos intimidadores que atentam contra a integridade territorial da República do Equador".

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