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Israel disparou contra sete escolas da Organização das Nações Unidas (ONU) durante uma ofensiva em Gaza em 2014, matando 44 palestinos abrigados nesses locais, segundo relatório da entidade divulgado ontem.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse em carta que acompanha o relatório que “deplora” as ações de Israel durante o conflito. Ele também criticou militantes palestinos, que esconderam armas em escolas da ONU.

“Eu deploro o fato de pelo menos 44 palestinos terem sido mortos como resultado das ações de Israel e que pelo menos 227 tenham ficado feridos em prédios da ONU que estavam sendo usados como abrigo emergencial”, escreveu. “Estou consternado que grupos de militantes palestinos tenham colocado escolas da ONU sob risco ao usá-las para esconder suas armas”, afirmou o secretário-geral, acrescentando que, em dois casos, provavelmente os militantes usaram as instalações para disparar contra seus inimigos.

Segundo diplomatas, o Conselho de Segurança da ONU deverá discutir hoje o relatório de Ban Ki-moon.

Mais de 2,1 mil palestinos, a maioria civis, foram mortos durante o conflito em Gaza em julho do ano passado. Sessenta e sete soldados israelenses e seis civis em Israel foram mortos em ataques e por foguetes lançados pelo Hamas e por outros grupos militantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Emmanuel Nahshon, disse em comunicado que os incidentes mencionados e atribuídos a Israel foram “alvo de análise e investigações criminais lançadas quando relevante”. O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que não tem informações sobre armas em escolas da ONU.

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