A Nasa, a agência espacial americana, anunciou nesta semana os instrumentos que serão usados na missão a Europa, lua de Júpiter considerada um dos locais mais promissores para encontrar vida fora da Terra no Sistema Solar. O orçamento da agência para este ano prevê US$ 30 milhões para o projeto, que deverá acontecer na próxima década.
Baseados em dados de missões espaciais anteriores da Nasa, em especial da sonda Galileo, os cientistas acreditam que sob a superfície congelada de Europa esteja um imenso oceano com cerca de duas vezes a quantidade de água em nosso planeta. Este oceano em constante interação química com o núcleo rochoso do satélite e com um suprimento de energia gerada pelas fortes marés provocadas pelo imenso Júpiter, pode ter levado ao desenvolvimento de vida na lua.
Quatro luas
De grande diâmetro orbitam ao redor de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar: Europa, Io, Ganimedes e Calisto. O planeta possui um total de 67 satélites que já foram observados pelo homem. Os quatro maiores são chamado s de “galileanos”, em homenagem a seu descobridor, Galileu Galilei. Cientistas julgam que o mar submerso da lua Europa pode abrir vida, de maneira similar ao fundo os oceanos na Terra.
“Europa tem nos provocado com sua enigmática superfície congelada e evidências de um vasto oceano”, diz John Grunsfeld, chefe da Divisão de Missões Científicas da Nasa. “Estamos animados com o potencial desta nova missão e estes instrumentos vão revelar os mistérios de Europa na nossa saga à procura de evidências de vida fora da Terra”.
A ideia é enviar uma sonda alimentada por energia solar, batizada Europa Clipper, que descreverá órbitas alongadas em torno de Júpiter. A sonda passará perto da lua ao longo de três anos e fará pelo menos 45 voos rasantes por Europa em altitudes entre 25 quilômetros a 2,7 mil quilômetros.
A sonda terá câmeras e espetrômetros capazes de produzir imagens em alta resolução da lua e determinar sua composição. Também está previsto um radar que penetre a crosta de gelo do satélite e ajude a determinar a grossura da capa congelada que reveste Europa e a composição de lagos subglaciais similares aos encontrados na Antártica.
A missão também contará com um magnetômetro para medir a força e a orientação do campo magnético da lua, o que permitirá determinar a profundidade e a salinidade de seu oceano. Outro instrumento da sonda vasculhará a superfície da lua à procura de recentes erupções de água.
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