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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela | FEDERICO PARRA/AFP
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela| Foto: FEDERICO PARRA/AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou a Cúpula das Américas neste domingo (15), acusando o evento de intolerância ideológica e assegurando que a cúpula está “condenada ao fracasso”. Depois de uma reunião em Caracas com o presidente da Bolívia, Evo Morales, Maduro disse que o encontro de dois dias, ocorrido em Lima, é anacrônico porque, em vez de ser um espaço para o encontro dos países do continente, tornou-se um espaço para desacordo.

“Começo a ver o que poderia ser o fim da Cúpula das Américas por intolerância ideológica e intolerância política”, disse o presidente venezuelano. Maduro, que não foi convidado para o evento, ressaltou que, além da ausência de vários líderes, o fracasso do encontro continental também ficou evidente, porque não houve acordo em nenhuma área. O governo peruano cancelou o convite enviado a Maduro para participar da cúpula, argumentando que a Venezuela quebrou os princípios democráticos e estava se tornando uma ditadura.

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Em Lima, ausências como as do presidente de Cuba, Raúl Castro, e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram sentidas, além de outras. Trump permaneceu em Washington para coordenar uma resposta a um suposto ataque químico realizado em Douma, na Síria. Os EUA foram representados pelo vice-presidente Mike Pence.

Sobre o anúncio do presidente da Argentina, Maurício Macri, e de outros governantes da região de que não reconheceriam o resultado das eleições presidenciais venezuelanas, marcadas para 20 de maio, Maduro disse que “o que importa é que as instituições e o povo as reconheçam”. De acordo com Maduro, para ele não importa o que presidentes como Macri, Michel Temer e o colombiano Juan Manuel Santos pensam.

“Vou dar uma lição aos combatentes imperialistas Macri, Temer e Santos: eles serão derrotados”, disse. Evo Morales, aliado próximo do governo socialista venezuelano, expressou solidariedade a Maduro e ressaltou que não é uma questão se os governos “submissos ao império” não reconhecerem as eleições, fazendo referência aos EUA. Para o presidente boliviano, o importante é que os governos revolucionários da região “sejam reconhecidos pelo nosso povo”. Fonte: Associated Press.

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