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Forças de segurança da Tunísia seguem manifestantes em Ettadhamen, na quarta-feira (10). | FETHI BELAIDAFP
Forças de segurança da Tunísia seguem manifestantes em Ettadhamen, na quarta-feira (10).| Foto: FETHI BELAIDAFP

A onda de protestos no Norte da África e Oriente Médio que ficou conhecida como “Primavera Árabe” nasceu na Tunísia no fim de 2010 e resultou na deposição do ditador Zine el-Abdine Ben Ali, que estava no poder desde 1987. Sete anos depois, manifestantes estão novamente tomando as ruas, desta vez para protestar contra as medidas econômicas do governo do Primeiro Ministro Youssef Chahed.

Desde a semana passada, 500 pessoas foram presas em várias cidades e uma morreu após manifestações, que têm ficado cada vez mais violentas. Quarta-feira (10) em Thala, na fronteira com a Argélia, rebeldes atearam fogo no prédio da Segurança Nacional, segundo noticiou o The Guardian, obrigando a polícia a deixar o local. Um dia antes, uma loja do grupo Carrefour foi saqueada.

Chahed condenou o que chama de atos de vandalismo por parte dos manifestantes e enviou o exército para contê-los. Entretanto, líderes ativistas estão achando que o governo está reprimindo de forma indiscriminada os protestos. “Está ficando cada vez mais difícil. A polícia está prendendo manifestantes em todas as regiões. Eles não estão nem interessados nos saqueadores e nos anarquistas. Eles estão procurando nossos manifestantes e os acusando de coisas que não fazem sentido”, disse Heythem Guesmi, da organização ativista Manich Msamah, ao The Guardian. 

De acordo com a BBC, os protestos começaram pacificamente e se espalharam por pelo menos 10 áreas diferentes nos últimos dias, incluindo a capital Tunes. As medidas econômicas que motivaram o levante incluem um severo corte de gastos no orçamento do governo e aumento de impostos, o que já está causando inflação de preços de alguns itens e das taxas de importação. 

A Tunísia é considerada a única história de sucesso democrático entre os países da “Primavera Árabe”, mas conforme lembrou o The Guardian, já teve nove governos desde que o ditador Zine al-Abidine Ben Ali foi destituído.

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