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| Foto: MARK RALSTONAFP

A investigação do FBI sobre os tentáculos russos nas eleições norte-americanas demonstra estar a pleno vapor: foi indiciado nesta semana mais um advogado que teve contato com membros da campanha de Donald Trump, por falso testemunho à Justiça.  

As acusações, porém, não estão diretamente relacionadas à interferência dos russos nas eleições de 2016, tema principal do inquérito do procurador Robert Mueller, que indiciou 13 russos na semana passada, por criarem perfis falsos na internet com o objetivo de tumultuar o processo eleitoral.  

O advogado Alex van der Zwaan, que trabalhava para uma firma de Nova York, é acusado de ter mentido ao FBI sobre contatos com Rick Gates, um antigo auxiliar da campanha de Trump.  

Gates já responde na Justiça por acusações de lavagem de dinheiro, fraude tributária e conspiração contra os EUA, por ter prestado serviços ao ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovitch. O ucraniano era um líder pró-Rússia, deposto em 2014.  

Gates teria agido em parceria com Paul Manafort, ex-diretor de campanha de Trump e também indiciado, para favorecer o ex-presidente e desviar recursos da Ucrânia. Os dois negam as acusações.  

Segundo o novo indiciamento, apresentado à Justiça nesta sexta (16), Zwaan trabalhou em um relatório sobre uma adversária política de Yanukovitch, a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko.  

Em depoimento ao FBI, porém, dado em novembro do ano passado, o advogado mentiu sobre o trabalho, feito em parceria com Gates, e omitiu a informação das autoridades.  

Zwaan iria se apresentar à Justiça nesta terça (20).  

O FBI tem cercado antigos membros da campanha de Trump que negam peremptoriamente terem participado de conluio com os russos. Além de Manafort e Gates, um ex-assessor de Trump, George Papadopoulos, já se declarou culpado de ter mentido ao FBI sobre contatos com russos, assim como Michael Flynn, ex-assessor de Segurança Nacional do governo americano.

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