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| Foto: ALAIN JOCARD/AFP

Liderando as pesquisas presidenciais francesas – e a menos de três meses das eleições – a candidata de extrema-direita Marine Le Pen atualizou seu programa de governo e adotou posturas nacionalistas e anti-imigração semelhantes às que levaram Donald Trump ao poder nos Estados Unidos. Em um discurso em Lyon, no último domingo (5), a líder do Frente Nacional (FN) atacou “a imigração maciça”, a globalização e o “fundamentalismo islâmico”.

A liderança de Le Pen nas pesquisas ainda contou com a ‘ajuda’ do então candidato da direita François Fillon, mergulhado em um escândalo por supostamente ter empregado sua esposa em um cargo fantasma, o que levou à abertura de uma investigação por desvio de fundos públicos. Até então favorito nas pesquisas, Fillon afundou nas intenções de voto após o escândalo.

Uma pesquisa da OpinionWay divulgada na terça-feira (7) aponta o candidato conservador em terceiro lugar com 20%, atrás da líder da extrema-direita Marine Le Pen (25%) e do centrista Emmanuel Macron (23%), o que o tiraria do segundo turno. Apesar da liderança nas pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno das eleições, em 23 de abril, Le Pen seria derrotada no segundo turno, em 7 de maio, de acordo com as projeções.

Le Pen mira discurso em Trump

“O impossível se torna possível. Como é possível que presidentes como Donald Trump sejam eleitos contra um sistema coligado contra ele”, disse Marine Le Pen em Lyon, no primeiro de 10 atos maciços de campanha. “Este despertar dos povos é histórico. Significa o fim de um ciclo. O vento da história virou e nos levará ao topo”, acrescentou, prometendo “colocar a França em ordem”.

Fortalecida por um partido que avança de maneira constante em todas as eleições desde 2011, Marine Le Pen aposta no sentimento de desmantelamento dos franceses, que enfrentam o desemprego e os medos relacionados com a imigração, o islã e a segurança em um país impactado por atentados jihadistas sem precedentes entre 2015 e 2016.

Antes, a candidata havia revelado as medidas principais que adotará caso seja eleita, entre elas a realização de dois referendos: um sobre a “prioridade nacional” e outro sobre o pertencimento à União Europeia.

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