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Nigerianos em protesto contra o sequestro das estudantes, em foto de 2014 | AA/TSS/AKINTUNDE AKINLEYE
Nigerianos em protesto contra o sequestro das estudantes, em foto de 2014| Foto: AA/TSS/AKINTUNDE AKINLEYE

Algumas das estudantes sequestradas há mais de um ano na Nigéria pelo Boko Haram estariam sendo obrigadas a se juntar ao grupo, informou a rede britânica BBC nesta segunda-feira (29). Testemunhas contaram que as jovens estão sendo usadas para aterrorizar outros reféns e mesmo em assassinatos.

Os fatos não podem ser verificados de forma independente, mas a Anistia Internacional confirma que algumas meninas estão sendo obrigadas a se unir ao combate.

Conhecidas como “as meninas de Chibok”, numa referência à aldeia onde moravam, as jovens foram sequestradas de uma escola há um ano. Apesar de uma campanha internacional por sua libertação e da pressão de outros países sobre a Nigéria, 219 ainda estão desaparecidas.

Agora, três mulheres que dizem ter ficado presas nos mesmos campos que algumas das jovens afirmaram que as reféns passaram por uma lavagem cerebral: algumas delas seriam hoje responsáveis pelas punições empregadas em nome do grupo.

Uma jovem de 17 anos que fugiu do grupo contou ter visto as meninas de Chibok no acampamento e que elas eram mantidas separadas. Segundo Miriam, que foi dada em casamento a um combatente e que está grávida, as antigas estudantes teriam participado dos assassinatos em sua aldeia.

“Eram cristãos. Eles (os combatentes do Boko Haram) os forçaram a se deitar. Então, as garotas cortaram suas gargantas”, disse à BBC.

Outra ex-refém contou ter visto as meninas usando armas de fogo. Elas são usadas também para ensinar às demais cativas a recitar o Alcorão e são apresentadas pelo Boko Haram às mulheres capturadas como “suas professoras de Chibok”. Quem não consegue decorar é açoitado pelas novas guardas.

Embora não seja possível verificar os relatos, a Anistia Internacional já alertara que algumas estavam sendo treinadas para o combate.

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