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À direita, a chanceler alemã e líder da União Cristã-Democrata (CDU). No centro, Horst Seehofer, o presidente da União Cristã-Social da Baviera (CSU), e à esquerda, o líder do Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz | JOHN MACDOUGALL/AFP
À direita, a chanceler alemã e líder da União Cristã-Democrata (CDU). No centro, Horst Seehofer, o presidente da União Cristã-Social da Baviera (CSU), e à esquerda, o líder do Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz| Foto: JOHN MACDOUGALL/AFP

Mais de quatro meses após as eleições, a chanceler alemã, Angela Merkel, chegou a um acordo para formar uma coalizão. A parceria será travada entre seu partido CDU (União Cristã-Democrata) e o rival SPD (Partido Social-Democrata).  

Participará ainda a CSU (União Cristã-Social), aliada de Merkel na Baviera.  

O acordo foi noticiado pela imprensa local, mas precisa ser confirmado oficialmente. Será um passo rumo à formação de um governo na maior economia europeia, após uma espera considerada longa demais por outros dos líderes do continente.  

A última etapa deve ser a aprovação dessa parceria pelos mais de 460 mil membros do SPD, que votam por correio nas próximas semanas. Se receber o aval, o novo governo pode ser inaugurado até abril.  

CDU e SPD governam juntos desde 2013, mas a aliança incomodou parte do eleitor social-democrata, contribuindo a seu resultado ruim no pleito de 24 de setembro. O SPD teve 20,5% dos votos, contra os 32,9% da CDU. O partido ultranacionalista de direita AfD (Alternativa para a Alemanha) recebeu 12,6%.  

O acordo entre CDU, CSU e SPD provavelmente significa que Merkel continuará no cargo de chanceler. Sua permanência era dada como certa até as eleições, mas as duras negociações lhe custaram capital político. Ela governa a Alemanha há 12 anos.  

O custo para o tratado, no entanto, pode ter sido alto. A imprensa alemã sugere que diversos dos cargos de alto escalão do governo irão para o rival SPD, incomodando aliados na CDU. Social-democratas terão as pastas das Finanças e das Relações Exteriores, por exemplo -algo ainda não confirmado.  

Os partidos negociaram, além dos ministérios, diversas das políticas públicas para os próximos anos. Eles concordaram em endurecer o controle à exportação de armas, excluindo os países compradores que participam da guerra no Iêmen, como a Arábia Saudita.  

CDU e SPD também se comprometeram a limitar em mil o número de refugiados entrando por mês na Alemanha para se reunir com familiares residindo ali. Esse foi um dos pontos duros das negociações, assim como a proibição de um pesticida considerado danoso à população de insetos na Europa -essa última medida era uma reivindicação dos social-democratas.

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