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Investigadores reconstruíram cabine da aeronave para analisar poder de destruição do míssil que a atingiu | MICHAEL KOOREN/REUTERS
Investigadores reconstruíram cabine da aeronave para analisar poder de destruição do míssil que a atingiu| Foto: MICHAEL KOOREN/REUTERS

O míssil de fabricação russa que atingiu o voo MH17 da Malaysia Airlines causou a morte na hora dos três membros da tripulação que estavam na cabine do piloto e fez com que os passageiros perdessem a consciência quase imediatamente, concluiu o bureau holandês Dutch Safety Board, que conduziu as investigações sobre a queda da aeronave que matou 298 pessoas em julho de 2014.

Voo MH17 foi derrubado por míssil fabricado na Rússia, diz relatório final

As autoridades holandesas divulgaram um relatório final nesta terça-feira (13) apontando que um míssil de fabricação russa foi responsável pela queda do voo MH17 no ano passado na Ucrânia com 298 pessoas a bordo.

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O Boeing-777 que ia de Amesterdã, na Holanda, a Kuala Lumpur, na Malásia, foi abatido enquanto sobrevoava o leste da Ucrânia, área de conflitos entre separatistas pró-Rússia e forças ucranianas.

Segundo os investigadores, que apresentaram seu relatório final nesta terça-feira (13), o MH17 seguia por uma rota comum entre Europa e Ásia, que passa pela Alemanha, Polônia e Ucrânia. A aeronave desviou levemente próximo ao espaço aéreo ucraniano para fugir de uma tempestade.

Porém, neste ponto, um lança-mísseis disparou o míssil Buk tipo 9N314M warhead. O artefato viaja quase três vezes mais veloz do que o som. O armamento explodiu a menos de um metro do cockpit, entre a parte superior e a lateral esquerda. O poder da explosão fez com que os fragmentos do míssil atravessassem a fuselagem da aeronave e matasse imediatamente piloto, copiloto e um terceiro comandante (fragmentos de míssil foram encontrados nos corpos dos três funcionários da Malaysia Airlines).

Animação mostra a queda do Boeing-777 da Malaysia Airlines

Um pequeno desvio na rota pode ter sido o fator decisivo para que um míssil fosse lançado em direção ao Boeing-777 que fazia o voo MH17 da Malaysia Airlines no dia 17 de julho de 2014.

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De acordo com a investigação, o choque fez com que o cockpit se separasse da aeronave a uma altura superior a 30 mil pés.

Apesar do cenário caótico, peritos afirmam que os passageiros praticamente não tiveram tempo de entender o que acontecia, já que a rápida desaceleração e a despressurização os deixaram inconscientes em curtíssimo período de tempo.

Os investigadores chegaram às conclusões graças a um trabalho de perícia meticuloso nos destroços, que incluiu a reconstrução parcial da aeronave -- trabalho que levou três meses.

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