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Funcionários fizeram a limpeza da calçada em que ocorreu o atentado | Cole Burston/AFP
Funcionários fizeram a limpeza da calçada em que ocorreu o atentado| Foto: Cole Burston/AFP

O motorista suspeito de atropelar pedestres com uma van em um cruzamento em Toronto na segunda-feira (23) compareceu a um tribunal da cidade nesta terça (24), onde foi formalmente acusado pelo ataque, que deixou dez mortos e 15 feridos.

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Alek Minassian, 25, irá responder a dez acusações de homicídio doloso (quando há intenção de matar) e a 13 tentativas de homicídio.

Com a cabeça raspada e algemado, ele se manteve o tempo todo com a cabeça baixa, sem olhar diretamente para o juiz ou para seus acusadores. Nem ele nem os promotores deram detalhes dos motivos.

Mas a polícia divulgou que ele deixou uma “mensagem cifrada” nas redes sociais antes do ataque. A mensagem fazia referência a uma “rebelião incel”. “Incel” é abreviação usada em grupos online para “involuntary celibacy”, ou “celibato involuntário” em inglês.

Na publicação, ele também expressou admiração por Elliot Rodger, que matou seis colegas estudantes antes de se matar na Califórnia, em 2014. Rodger havia postado um vídeo no YouTube em que descrevia sua raiva contra mulheres que o rejeitaram.

“O acusado teria postado uma mensagem cifrada no Facebook minutos antes” do ataque, afirmou Graham Gibson, detetive da polícia de Toronto.

De acordo com o New York Times, o perfil do acusado na rede social continha mensagens que expressavam hostilidade contra mulheres. A conta foi suspensa.

Ari Blaff, que estudou com Minassian na escola secundária, afirmou que ele era estranho e não se misturava com outros estudantes.

“Ele tinha vários tiques e, às vezes, ele cuspia na camiseta, miava nos corredores e dizia ‘tenho medo de meninas’. Era como um mantra”, disse Blaff, segundo o NYT.

Gibson afirmou que as vítimas eram predominantemente mulheres, mas que não era possível saber se isso havia sido deliberado.

O juiz decidiu que Minassian ficará preso enquanto aguarda o julgamento. Ele deve voltar ao tribunal em 10 de maio.

Sem passagem pela prisão, ele foi detido por policiais logo após o atropelamento e imediatamente identificado como o autor da ação.

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