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Corpos são queimados em crematório comunitário. | Hemanta Shrestha/EFE
Corpos são queimados em crematório comunitário.| Foto: Hemanta Shrestha/EFE

Após o forte terremoto de 7,8 graus na escala Richter que atingiu o Nepal e países vizinhos neste sábado, autoridades alertam para o colapso hospitalar, de ajuda aos feridos e de resgate dos corpos. Os tremores deixaram mais de 2.500 vítimas fatais: 2.430 somente no Nepal. O restante está na Índia, China e em Bangladesh. Os feridos chegam a quase 6 mil. Um segundo tremor de magnitude 6,7, atingiu o país, também no sábado, e aumentou ainda mais a sensação de insegurança.

Estradas bloqueadas e destruídas, interrupção no fornecimento de eletricidade e hospitais lotados nas regiões mais afetadas pelos tremores, além de intensas réplicas, são os principais problemas enfrentados pelas equipes de resgate.

Milhares de pessoas passam a noite ao relento, com temperaturas abaixo de zero e sob uma leve chuva, com medo de voltar para suas casas, danificadas pelos tremores, ou porque elas já não existem mais. Muitos percorrem as ruas embrulhados em cobertores ou se sentam na calçada agarrados aos filhos, carregando sacos pequenos com seus pertences.

“Tanto os hospitais públicos como os privados estão lotados e pacientes estão sendo tratados ao ar livre”, alertou o embaixador nepalês na Índia, Deep Upadhyay.

Os hospitais, cujos suprimentos médicos têm se tornado cada vez mais escassos, continuam recebendo feridos e corpos retirados das montanhas de escombros. O policial Sudan Shreshtha contou que levou 166 corpos ao Hospital Universitário de Tribhuvan na noite de sábado. Muitos foram cobertos com tecidos. Outros, nem isso.

“Precisamos de ajuda”, pediu o ministro nepalês de Informação, Minendra Rijal.

Com edifícios reduzidos a montanhas de tijolos, a população nas estreitas ruas do centro histórico de Katmandu tem usado as picaretas para escavar os escombros na busca por possíveis sobreviventes onde as escavadeiras não têm acesso. “Acreditamos que ainda há pessoas presas sob os escombros”, afirmou um policial nepalês ao diário espanhol El País.

Monte Everest

A trilha de Khumbu, uma das principais concentrações de alpinistas no Monte Everest, foi severamente danificada pela avalanche provocada pelos tremores secundários. Dez mortes foram confirmadas no acampamento número um, e o montanhista brasileiro Daniel Mazur afirmou que muitos alpinistas estavam presos no local.

Na manhã de domingo, um grande tremor entre Katmandu e o Everest desencadeou mais avalanches no Himalaia. Na capital, funcionários do hospital estendem pacientes ao longo da rua para tratá-los, uma vez que é perigoso demais mantê-los dentro do edifício.

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