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A diplomacia médica é uma fonte de lucro indispensável: Cuba aluga os serviços de dezenas de milhares de profissionais para países em desenvolvimento em troca de bilhões de dólares. Esses prêmios, no entanto, são ganhos nas costas dos profissionais que trabalham por pouco dinheiro em condições difíceis, relatam os médicos.

O doutor Lino Alberto Neira, cirurgião ortopedista que trabalhou em Cuba por 23 anos antes de partir para Miami em 2013, conta que seu salário mensal era de US$ 25 em seu país e que mal durava quatro dias. Ele sobrevivia de gorjetas dos pacientes.

Cuba mais do que dobrou os salários de alguns médicos no ano passado, para cerca de US$ 70 por mês. Mas com pagamentos tão baixos em sua terra natal, muitos aceitam assumir um posto em outro lugar. Ainda assim, ganham apenas uma parte do que o país que os acolhe paga a Cuba por seu trabalho.

A dentista Mara Martínez diz que apoiava a revolução cubana, mas que se desiludiu quando chegou à Venezuela e descobriu que teria que trabalhar seis dias por semana e dormir em um quarto com mais duas pessoas por um salário de US$ 210 por mês. A Venezuela, segundo seus supervisores, estava pagando sete mil dólares por mês por seus serviços. “É uma escravidão dos dias de hoje”, diz.

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