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Corrida para treinar técnicos em programação moderna | Max Whittaker/The New York Times
Corrida para treinar técnicos em programação moderna| Foto: Max Whittaker/The New York Times

Depois de se formar na faculdade, com especialização em matemática, Paul Minton trabalhou como garçom. Porém, ele sempre achou que deveria fazer algo mais.

Então, o jovem de 26 anos fez um curso de três meses em programação de computador e análise de dados. Como garçom, ele ganhava US$ 20 mil por ano. Já no ano passado, como cientista de dados em uma start-up, seu salário anual ultrapassou US$ 100 mil. “Seis dígitos desde o começo”, disse Minton. “Para mim foi uma surpresa.”

O fluxo de dinheiro em tecnologia está indo além dos investidores e empresários, chegando à força de trabalho digital de modo geral, especialmente os que sabem escrever código moderno, a linguagem do mundo digital.

Empresas de quase todos os setores estão seguindo algum tipo de plano digital. “São pessoas capacitadas e ambiciosas, que buscam uma rampa de acesso à indústria tecnológica”, disse Jim Deters, executivo-chefe da Galvanize, a escola que Minton frequentou.

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Resta ver se o acesso se mostrará um caminho duradouro para altos salários e trabalho estimulante. Os ciclos entre ascensão e estouro no setor tecnológico podem ser desanimadores, como a última recessão no início dos anos 2000 depois da explosão da bolha das pontocom.

O site de empregos Glassdoor lista mais de 7.300 vagas para engenheiros de software, acima de vagas para enfermeiros, que estão em falta cronicamente. Para a categoria de cientistas de dados, há mais de 1.200 empregos vagos. Nos Estados Unidos, o salário básico médio anual para engenheiros de software é de US$ 100 mil; para cientistas de dados, US$ 112 mil.

Em março, a Casa Branca anunciou uma iniciativa chamada TechHire com o objetivo de coordenar os esforços do governo federal com municípios, corporações e escolas para treinar trabalhadores para as vagas existentes no setor.

O governo Obama indica escolas de programação como Galvanize, Flatiron e Hack Reactor, que oferecem cursos acelerados em técnicas digitais, como um modo de “rapidamente treinar trabalhadores para empregos bem remunerados”.

O estudante típico “tem 29 anos e gosta de mudar de carreira”, disse Liz Eggleston, da Course Report, que acompanha essas escolas.

Uma maneira de preencher as vagas seria atrair mais mulheres. Em 2013, só 18% dos formandos em ciência da computação em universidades americanas de quatro anos eram mulheres. Em comparação, 35% dos estudantes em escolas especializadas em programação são mulheres.

A duração média dos cursos entre as escolas é de menos de 11 semanas, e o custo, de US$ 11 mil. O curso de programação para web de 24 semanas da Galvanize está entre os mais caros, US$ 21 mil.

Savannah Worth, 22, completou o curso da Galvanize e foi contratada pela IBM como desenvolvedora de software em San Francisco. Ela ganha US$ 100 mil anuais.

Os empregadores estão recrutando para fins imediatos, mas com o futuro em mente. “O que contratamos é a capacidade de aprender”, disse Rachel Reinitz, uma engenheira graduada da IBM e chefe de Worth. “A tecnologia muda muito depressa.”

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