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Os eleitores do presidente americano Barack Obama acordaram com um email pessimista em sua caixa de entrada: "Se as coisas continuarem assim, nós podemos perder", dizia o título do comunicado. O pessimismo tem motivo: no mês em que mais dinheiro foi arrecadado - 71 milhões de dólares - o presidente continua atrás de Romney, que divulgou uma arrecadação de 106 milhões no mesmo período.

É o segundo mês consecutivo em que Romney ultrapassa o presidente americano em arrecadação, o que mostra um grande desafio de Obama para os comícios de novembro. A má notícia se dá em um momento em que os funcionários da campanha manifestaram em público sua preocupação. Jim Messina, gerente da campanha, enviou há três dias outro email aos apoiadores de Obama, onde dizia que a "diferença entre os dois é cada vez maior".

De fato, os doadores ricos têm sido fundamentais para ajudar Romney a superar Obama. Quando quebrou todos os recordes de arrecadação no mês passado, a campanha do republicano elogiou as pequenas doações, mas, o que alavancou a campanha foi um pequeno grupo, que contribuiu com 2.400 dólares cada, de acordo com uma análise da Associated Press.

Assim como Obama, Romney costuma destacar a grande porcentagem de doadores que enviaram menos de 250 dólares, o que mostraria que um grande grupo de americanos o querem na Casa Branca. Números da campanha do republicano indicam que cerca de 94% dos 571 mil doadores contribuíram com esta pequena, o que equivale, no entanto, a 22 milhões de dólares.

Obama vem lutando em duas frentes para manter a presidência: por um lado, enfrenta os fundos de financiamento de Romney, que pagam as operações da campanha; por outro, tem que lutar contra os milhões de dólares que chegam dos comitês de ação política, alinhados com os republicanos, e que emitiram diversos anúncios com ataques a Obama e seu governo.

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