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Um manifestande acende uma vela em homenagem ao bebê palestino | Baz Ratner/Reuters
Um manifestande acende uma vela em homenagem ao bebê palestino| Foto: Baz Ratner/Reuters

Um dia após a morte de um bebê palestino em um suposto ataque de judeus extremistas, palestinos e forças israelenses voltaram a se enfrentar em Jerusalém Ocidental e Cisjordânia.

Na manhã deste sábado, o Exército israelense decretou como zona militar a localidade de Kusra, norte da Cisjordânia, abalada por violentos confrontos entre palestinos e colonos judeus.

Em Jerusalém Oriental, dois policiais e dez palestinos ficaram feridos nos confrontos.

A morte do bebê, na madrugada de sexta-feira, no suposto ataque de extremistas judeus contra a casa da família Dawabchen, ao norte da Cisjordânia, provocou uma onda de manifestações reprimidas pelas forças israelenses.

Em Jerusalém Oriental, dois policiais e dez palestinos ficaram feridos nos confrontosMohamad Torokman/Reuters

O pequeno Ali, de 18 meses, morreu queimado, e seus pais e o irmão de quatro anos continuam internados em estado grave, depois que homens encapuzados lançaram bombas incendiárias dentro da casa da família.

O pai, Saad Dawabcheh, tem queimaduras de terceiro grau em 90% do corpo e se encontra em “estado crítico”, informou o hospital de Beer-Sheva, sul de Israel.

A mulher e o outro filho se encontram em “estado muito grave e suas vidas correm perigo”, segundo o hospital Tel Hashomer de Tel Aviv.

As autoridades israelenses rapidamente condenaram a ataque, tentando evitar uma nova sublevação nos territórios palestinos ocupados. Há cerca de um ano, teve fim uma guerra entre Israel e o governo do Hamas que deixou mais de 2.300 mortos.

“Isso é um ataque terrorista. Israel age com firmeza contra o terrorismo, não importa quem comete”, disse o premiê Binyamin Netanyahu, em declaração, garantindo que os autores do atentado serão levados à Justiça. Mais tarde, Netanyahu chamou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para um encontro em que prestará suas condolências.

Na sexta-feira (31), um adolescente de 17 anos foi morto por forças israelenses ao se aproximar do muro que divide o território e o Estado judaico, durante protestos em Beit Lahiya, na faixa de Gaza.

Na Cisjordânia, também na sexta-feira, um palestino foi baleado e ferido pelas forças israelenses em Berzeit, ao norte de Ramallah. O Exército israelense afirma que ele havia atirado um coquetel molotov contra um posto de controle militar. Houve confrontos também em Hebron, Qadum e Nablus, na Cisjordânia, e em Jerusalém Oriental.

Ataque

Segundo investigações, colonos israelenses aproveitaram que as janelas de uma casa palestina no vilarejo de Duma (na Cisjordânia) estavam abertas durante a madrugada, devido ao calor, para jogarem coquetéis molotov em seu interior.

Antes de fugirem, os extremistas picharam nas paredes da casa incendiada uma estrela de David e as inscrições “Vida longa ao Messias”, “Vingança” e “Price Tag”, nome de um movimento que promove ataques a palestinos e suas propriedades.

Esse foi o pior ataque realizado por extremistas israelenses desde que um adolescente palestino de 16 anos foi queimado em Jerusalém há um ano. O ato ocorreu em vingança ao sequestro e morte de três jovens de Israel por militantes palestinos na Cisjordânia.

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